Analistas divididos quanto a sucesso da OPA à PT - TVI

Analistas divididos quanto a sucesso da OPA à PT

Sonae e PT

Quem tem acções da PT deve estar agora, depois da revisão do preço oferecido pela Sonaecom, a decidir se vende ou não os títulos no âmbito da OPA.

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Os analistas também não são unânimes. Por isso, reunimos as várias opiniões e recomendações.

BCP aconselha accionistas a não venderem

O BCP continua a aconselhar os accionistas da PT a não venderem. Já antes a instituição considerava que a oferta da Sonaecom era inferior ao valor da PT e continua a considerá-lo, até porque o preço alvo que estipulou para a PT era de 11,50 euros. O novo preço oferecido pelo grupo de Belmiro de Azevedo é 10,5 euros.

Por isso mesmo, diz o banco, é possível que a Sonaecom ainda não seja capaz de convencer os accionistas da PT a venderem.

WestLB recomenda venda devido a risco elevado

Posição precisamente contrária tem o WestLB, que recomenda a venda das acções da PT. O banco de investimento considera que as mesmas têm associado um risco elevado, com a possibilidade de a OPA fracassar.

«Acreditamos que ainda há um elevado risco da OPA da PT falhar e de todo o negócio se desfazer», pode ler-se numa nota emitida pelo banco.

O banco levanta a hipótese de a Sonaecom ainda vir a elevar novamente o preço, mas a CMVM veio já afirmar que, tendo renunciado irrevogavelmente a essa hipótese, a empresa fica impossibilitada de o fazer.

A Sonaecom «já está preparada para abdicar dos benefícios dos accionistas da PT ao nível das sinergias», acrescenta ainda o banco.

Ixis diz que preço continua baixo

Já o Ixis Securities considera que o preço continua a ser demasiado baixo para convencer os accionistas da PT a venderem os títulos. O seu preço alvo é de 11 euros.

«Desde o anúncio da oferta pública de aquisição, as acções da PT têm transaccionado entre os 10,3 e os 10,5 euros, mesmo apesar de as probabilidades de uma contra-oferta serem muito diminutos», lembra a instituição.

O Ixis Securities também adianta que os accionistas da PT não deverão aprovar a desblindagem de estatutos na assembleia-geral, dando oportunidade à Sonaecom para repensar a sua estratégia. «Acreditamos que os estatutos vão manter-se como estão, situação que permite à Soanecom fazer uma nova oferta».



BPI diz que tudo depende das sinergias e valor da Vivo

O Banco BPI também já se pronunciou sobre a revisão em alta da oferta, considerando que a mesma é positiva para a PT e também pode sê-lo para a Sonaecom. A nova oferta é superior ao preço-alvo traçado por este banco, que é de 9,95 euros. Tudo dependerá das sinergias atingidas, que o banco estima serem de 1,7 mil milhões a 2,2 mil milhões.

O valor da participação de 31,2% que a PT tem na brasileira Vivo é outro ponto chave. O BPI estima que o mesmo pode chegar aos 2,7 mil milhões, face aos actuais 2,2 mil milhões de euros, devido ao interesse da espanhola Telefónica, que valoriza a empresa brasileira.

Para a Sonaecom, o banco recomenda manter as acções, tal como acontece com as da PT, mas com um preço alvo de 5,50 euros, embora considere que o valor justo das acções é de 7,16 euros por acção.

Dresdner não acredita em oferta concorrente

O Dresdner Kleinwort veio atirar mais uma acha para a fogueira. O banco considera que a probabilidade de a OPA ser bem sucedida é agora bem maior, e aconselha os investidores a aproveitarem para tomar mais-valias. O seu preço alvo para as acções da PT é de 10,5 euros, em linha, portanto, com a nova oferta da Sonaecom.

Este banco conclui dizendo que não acredita num oferta concorrente.
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