Estudo de português descobre evolução do ADN humano - TVI

Estudo de português descobre evolução do ADN humano

ADN

Texto de equipa da Universidade de Cambridge publicado na revista Science

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Um grupo de investigadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, de que faz parte um português, descobriu que o ADN humano continua a comportar-se como humano mesmo quando colocado num ambiente de células de ratinho, informa a agência Lusa.

Os resultados da investigação, publicados na revista Science, ajudam a perceber os mecanismos que estão por detrás das doenças de origem genética, contribuindo assim para o seu tratamento, bem como as diferenças e semelhanças de um mesmo tecido em espécies distintas.

O trabalho insere-se nos esforços dos cientistas para perceber como é que a informação codificada no genoma é interpretada e, dessa forma, explicar como é que as diferenças no ADN se traduzem em diferenças orgânicas.

«Nós e os ratinhos somos obviamente diferentes e o mesmo acontece com os nossos genomas», disse à agência Lusa Nuno Barbosa-Morais, investigador do grupo de Biologia Computacional da Universidade de Cambridge e um dos principais autores do estudo.

«O que o nosso trabalho mostra é que as células do ratinho interpretam o ADN humano como humano, e não como de ratinho, ou seja, da mesma forma que as células humanas interpretam o seu próprio ADN», disse o investigador, que foi o responsável por toda a parte computacional do projecto.

Estudar o síndroma de Down

Os investigadores centraram a sua atenção em células de fígados de ratinhos usados em cujas células estaminais embrionárias tinha sido inserido um cromossoma 21 humano para estudo da síndrome de Down.

Começaram por estudar a forma como os factores de transcrição se ligavam ao cromossoma humano nas células hepáticas do ratinho, assim como os níveis de expressão de todos os genes codificados para esse cromossoma, e compararam estes resultados com os valores encontrados para o mesmo cromossoma em células de fígado humano e com os obtidos para a secção homóloga de ADN de ratinho nas células de fígado de ratinho.

Inesperadamente, os resultados obtidos para o cromossoma 21 humano dentro das células de ratinho eram praticamente idênticos aos observados para o mesmo cromossoma em células humanas e muito diferentes dos observados para o ADN do ratinho.
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