«Estado pagará a diferença» dos computadores «Magalhães» - TVI

«Estado pagará a diferença» dos computadores «Magalhães»

Mário Lino visita instalações da JP Sá Couto

Governo assume primeira vez que terá de «colmatar a parte que faltar»

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Pela primeira vez, o Governo assume que terá de assumir encargos no programa e-escolinhas, uma vez que o contrato assinado com as operadores fornecedoras de acesso à Internet poderá ser insuficiente para garantir o financiamento dos computadores «Magalhães».

Em entrevista à revista «Visão», o ministro Mário Lino assumiu o que há muito se suspeitava, mas que ninguém quis admitir: «O Estado pagará a diferença».

A frase surge depois de o primeiro-ministro ter afirmado repetidamente que os operadores móveis é que pagavam o programa. «É assim no e-escolas, porque o dinheiro das ligações de Internet, obrigatórias, paga o computador. O e-escolinhas é diferente. Todas as crianças vão ter computador, queiram ou não ligação. Se o dinheiro dos operadores for insuficiente, o Estado terá de colmatar a parte que falhar», disse o titular da pasta das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.

Este dinheiro «sairá do Orçamento do Estado» e Mário Lino assegura que «nada correu mal» com este programa. «A nossa convicção é a de que as ligações de Internet vão cobrir os custos. Se em 500 mil, cerca de 200 mil quiserem ligação, o programa foi financiado. Mas como o Governo decidiu que todas as crianças terão um computador, então, se esse financiamento for insuficiente, o Estado paga», frisou.

De resto, o ministro justifica a constante promoção como uma necessidade de conseguir garantir exportações: «É um computador feito em Portugal, com um nome português. Isso tem um simbolismo muito grande».
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