NDrive: telemóveis representam apenas 2% do negócio - TVI

NDrive: telemóveis representam apenas 2% do negócio

  • Rui Pedro Vieira
  • 27 fev 2008, 13:35
NPhone

Marca prepara novos modelos mas maioria das vendas vem do GPS

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Em 2007, das 265 mil licenças vendidas pela portuguesa NDrive, apenas cinco mil foram de telemóveis. No entanto, em entrevista à Agência Financeira, o administrador da empresa, João Neto, fala do êxito do lançamento do modelo S 300 e explica o que aí vem.

A NDrive lançou no último trimestre de 2007 o telemóvel S300. De que forma esse lançamento foi pioneiro?

Lançámos o produto já um pouco fora da época de Natal, porque tivemos algum trabalho adicional de preparação. O produto foi um sucesso e já vamos na terceira encomenda, tendo-o colocado à venda essencialmente em Portugal e Espanha. Este é apenas mais um exemplo de um conjunto de iniciativas que temos vindo a fazer nos últimos tempos. A prova de que é um caso de pioneirismo por parte da NDrive é que a nossa concorrente, a Garmin, acabou de fazer o mesmo, com uma diferença: anunciou o seu lançamento para daqui a três meses. Ou seja, no Verão, haverá uma continuidade desta nossa iniciativa não só no telemóvel como da fotografia aérea, onde temos a maior diferenciação. O telemóvel permitiu-nos abrir novas portas, mas não é a nossa área mainstream. Pode vir a ser muito grande, mas mais de 90 por cento das nossas vendas são os navegadores dedicados.

Já é possível traçar o perfil do utilizador do NDrive Phone?

O NDrive Phone é bastante utilizado por empresários e pelas camadas mais jovens, que finalmente têm um produto 150 euros abaixo do preço normal nesta categoria. Mas o utilizador ainda não é mass market, ao contrário dos outros tipos de navegadores que já são utilizados até por quem não tem grande apetência para tecnologia. Mas o foco é o cliente empresarial, dado que o preço do aparelho ainda é duas a três vezes superior ao GPS barato, convencional. Tendencialmente será um produto mais barato, mas este é ainda um nicho de mercado.

A nível de vendas, já referiu que o produto esgotou. Mas estamos a falar de quantos exemplares vendidos?

As unidades não são ainda tantas quanto isso: em 2007, vendemos 265 mil licenças, sendo que dessas cinco mil foram licenças de telemóvel. Estão duas encomendas adjudicadas para serem entregues, o que correspondem a seis mil.

A maioria está a ser vendida apenas em Portugal?

Em Portugal e Espanha, sendo que no país vizinho começou com mais intensidade agora em Janeiro. Este mercado é bastante sazonal, dado que há um pico fortíssimo na navegação em Junho e Julho e há outro ainda mais forte em Outubro e Novembro.

No lançamento do telemóvel S300 no mercado nacional, optaram por não ter exclusividade com nenhum operador. Houve alguma oferta nesse sentido?

Fazemos sempre isto. Lançamos sempre primeiro um produto no mercado de retalho até porque, da parte dos operadores, há um processo de certificação que é moroso. Com os operadores tem havido conversas com todos e tem havido interesse, apesar de serem bombardeados hoje em dia com um largo número de alternativas. Está, portanto, a ser discutida essa questão e podem haver novidades em breve. Nos dados de vendas que já dispomos, não há nenhuma ainda feita a partir de um operador. Habitualmente o que os operadores costumam fazer nestes cenários é subsidiar um equipamento e, com isso, conseguem trazer um valor mais baixo na sua aquisição. Como contrapartida, o utilizador final ao pagar tem uma fidelização de um ano ou dois.

No campo dos telemóveis, que outras apostas está a preparar a NDrive?

Temos prontos para iniciar produção outros modelos, para completar a gama. Isso inclui telefones de maior e menor dimensão. Vamos apostar em todas as vertentes de preços, desde versões mais simples a outras mais complexas. Mas ainda não há nenhuma decisão quanto à data de entrada no mercado nem em que mercados. As decisões serão tomadas até ao Verão.
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