Sonaecom está a contrariar «dificuldades do sector» - TVI

Sonaecom está a contrariar «dificuldades do sector»

  • Rui Pedro Vieira
  • 29 out 2007, 20:00
Optimus

O administrador executivo da Sonaecom diz que a empresa está «a contrariar as dificuldades do sector móvel».

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No dia em que a Sonaecom apresentou os seus resultados, que apontam para um resultado líquido de 2,9 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, Luís Reis reconheceu que «este foi um excelente trimestre».

Recorde-se que o valor contrasta com os prejuízos de 200 mil euros registados no período homólogo.

Quanto a esta performance, o administrador destaca as receitas de clientes, que subiram 16,8 por cento, com o crescimento de clientes da Optimus a situar-se nos 11,8%, mais 266 mil utentes do que no mesmo período do ano passado. «Estamos a conseguir contrariar de forma surpreendente as quedas nas receitas de serviços e de clientes que estão a afectar a nível europeu-e Portugal não é excepção-os operadores móveis», disse Luís Reis, à margem da Cimeira de Operadores de Telecomunicações Europeus.

As dificuldades entre os operadores de telecomunicações «de subirem as suas linhas de receitas» devem-se, segundo o administrador da Sonaecom, às «quedas de tarifas de interligação e às quedas dos preços de roaming».

A nível de boa performance da empresa, Luís Reis destaca ainda as receitas de dados que representaram 18,2%, ou seja mais 4,1 pontos percentuais do que no mesmo período de 2006, reflexo da estratégia que a Optimus tem feito no acesso portátil à Internet de banda larga (o serviço Kanguru). O total dos serviços de dados, excluindo SMS, totalizam já cerca de 50% do total das receitas de dados, em comparação com 34% obtido no mesmo trimestre de 2006.

«A Sonaecom fixo está também a conquistar um mercado muito significativo», sublinhou ainda Luís Reis que, incluindo as aquisições recentes (371,8 mil), foi de 798,5 mil. «Em base comparável mostra um aumento de 15% se comparado ao terceiro trimestre de 2006», apontam os resultados da empresa.

«Quem vai às compras paga por elas»

Quanto à descida do EBITDA de 2,6% para os 120,6 milhões de euros, o administrador da Sonaecom avança que o mesmo se deve às aquisições da actividade residencial da Oni e à Tele2: «Tivemos um grande esforço de aquisição. Quem vai às compras paga por elas», disse aos jornalistas.

As referidas compras têm ainda um efeito «marginal» para as receitas da Sonaecom deste trimestre pelo que a tendência será «crescente» nos próximos meses.
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