«Chavistas» agridem estudantes - TVI

«Chavistas» agridem estudantes

  • Portugal Diário
  • 16 out 2007, 00:05

O grupo de jovens foram agredidos durante uma sessão de divulgação do projecto de reforma da Constituição Nacional

Um grupo de estudantes opositores ao actual regime e uma jornalista da televisão venezuelana foram, esta segunda-feira, agredidos por simpatizantes do presidente Hugo Chávez, durante uma sessão de divulgação do projecto de reforma da Constituição Nacional, em Caracas, avança a Lusa.

A agressão ocorreu quando a presidente da Assembleia Nacional, Cília Flores, descrevia, no Teatro Teresa Carreño, de Caracas, as mudanças adicionais que o parlamento venezuelano decidiu agregar à proposta de reforma feita pelo presidente Hugo Chávez.

Os estudantes pretendiam manifestar o seu desagrado pela decisão do parlamento de modificar 25 artigos adicionais aos 33 sugeridos pelo presidente Hugo Chávez, nomeadamente a proposta de que o artigo 227 elimine a garantia constitucional da «liberdade de informação» durante os estados de sítio.

O canal televisivo de notícias, Globovisión, mostrou imagens do momento em que os jovens eram agredidos pelos simpatizantes do presidente Hugo Chávez, ao mesmo tempo que eram acusados pelos «chavistas» de «golpistas» e gritavam palavras de ordem como «Uh... Ah... Chávez não se vai (embora)», «Não passarão» e «O povo unido jamais será vencido».

A Globovisión, canal conotado com a oposição, transmitiu ainda imagens do momento em que uma jornalista daquela estação televisiva e o operador de câmara eram agredidos por simpatizantes do actual regime e empurrados por militares.

O presidente Hugo Chávez entregou ao parlamento, a 15 de Agosto, uma proposta para reformar 33 dos 350 artigos da Constituição Nacional, prevendo, entre outras mudanças, prolongar a duração do mandato presidencial de seis para sete anos com reeleição imediata.

A proposta introduz novos conceitos de propriedade pública, social (comunal ou estatal), colectiva e privada, e reduz de oito para seis horas a duração da jornada de trabalho.

Estabelece uma nova geometria do poder baseada num distrito, municípios, territórios federais e distritos insulares em que a unidade política primária assentará em cidades formadas por comunas ou células geo-humanas.

Atribui ao presidente da República faculdades para decretar regiões especiais militares, com fins estratégicos de defesa em qualquer parte do território, transforma as Forças Armadas Nacionais num organismo «essencialmente patriótico, popular e anti-imperialista» e elimina a autonomia do Banco Central da Venezuela.

A proposta de reforma será referendada a 2 de Dezembro.
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