Estudo da CIP propõe Portela+Alcochete - TVI

Estudo da CIP propõe Portela+Alcochete

  • Portugal Diário
  • 1 ago 2007, 11:14

Alcochete fica mais barato do que Ota. Governo recusa dois aeroportos

Os autores do estudo encomendado pela Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) apontam como possível a solução «Portela + 1», ficando Alcochete como o aeroporto que gradualmente iria substituir definitivamente ou não o actual. A notícia é avançada pelo Diário de Notícias.

Carlos Borrego, um dos especialistas da Universidade de Aveiro (UA) que lidera o projecto, explicou ao DN que «Alcochete tem muitas vantagens para além da ambiental. Até na óptica da solução «Portela + 1», tem a vantagem de se fazer uma pista, em vez de duas, e ir desactivando a Portela se for preciso. Ou então mantê-la, mas isso é uma decisão política».

Segundo escreve o DN, o estudo da CIP aponta para que, à medida que o tráfego for crescendo, seja transferido para o novo aeroporto que será desenvolvido faseadamente e não todo de uma vez, sempre numa lógica de complementaridade e não concorrência. Daqui a 20 anos, o principal aeroporto seria Alcochete, mas a Portela manter-se-ia como estratégica para um mercado de quatro a cinco milhões de passageiros/ano que poderia ser servido por aviões de menor dimensão e com um menor impacto ambiental.

Este estudo ainda não está terminado e prossegue em ritmno acelerado e sem interrupções, para que esteja pronto ao mesmo tempo que a análise comparativa que o Laboratório Nacional de Engenharia Civil está a fazer, a pedido do Governo, entre as opções Ota e Alcochete.

«O LNEC é credível na sua área de competência técnica, mas há áreas em que deve associar-se a instituições que tenham outras competências, como é o caso da ambiental», diz Borrego.

Nesta altura, Carlos Borrego garante que também já está em condições de garantir que na vertente dos custos Alcochete leva a melhor sobre a Ota. «Estamos a falar de uma redução da ordem dos 60 a 70% em relação ao estimado para a Ota», revela o ex-ministro, que acrescenta que a solução preferida do Governo custará cerca de «7200 milhões de euros e Alcochete fica-se pelos 3500 ou quatro mil milhões de euros».

Fonte oficial do Ministério das Obras Públicas explicou ao DN que o Governo não labora num cenário de dois aeroportos porque «não há viabilidade económica para isso», nem que ficasse Alcochete só para o tráfego das companhias low-cost: «Com as tarifas baixas não se pagaria o aeroporto de Alcochete». Para além disso, a TAP também só funciona num aeroporto, pois trabalha no sistema de placa giratória.
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