Crise automóvel leva Daimler a aumentar trabalho precário - TVI

Crise automóvel leva Daimler a aumentar trabalho precário

Daimler

20 mil trabalhadores passarão para este regime, na Alemanha

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A Daimler anunciou esta segunda-feira que irá pôr 20 mil trabalhadores em regime de trabalho precário na principal fábrica, em Sildelfingen (Alemanha) devido à quebra na procura que afecta sobretudo a sua principal marca, a Mercedes.

Segundo a agência «Lusa», o regime de trabalho precário compreende o recurso a um subsídio do Estado semelhante ao subsídio de desemprego, e terá início a 12 de Janeiro e deverá terminar a 31 de Março, disse, em Estugarda, o presidente da Federação das Comissões de Trabalhadfores da Daimler, Erich Klemm.

A medida tornou-se necessária porque os operários da Daimler esgotaram entretanto os créditos no banco de horas, em que são acumulados os períodos de trabalho extraordinário para descontar posteriormente em folgas, férias ou suspensões da produção.

Estão também a decorrer negociações para introdução de trabalho precário em outras fábricas da Daimler na Alemanha, revelou uma porta-voz da empresa.

As vendas da Daimler cairam em Novembro 25 por cento em comparação com igual mês do ano anterior, e na principal marca, a Mercedes, as quebras foram ainda mais acentuadas, atingindo os 28%.

A Daimler está impedida de proceder a despedimentos colectivos por acordo assinado com os representantes dos sindicatos que garante os postos de trabalho a 150 mil funcionários em 14 fábricas alemãs até 2011.

Além do trabalho precário em Sindelfingen, que deverá estender-se às unidades de produção de Berlim, Bremen e Dusseldorf, todos os trabalhadores da Daimler serão em breve enviados para férias de Natal prolongadas, de cerca de quatro semanas.

Além disso, no próximo Verão a fábrica de Sindelfingen encerrará durante três semanas, pela primeira vez na história da Daimler (antiga Mercedes-Benz).

Mais consequências da crise

A BMW, outra grande fabricante automóvel alemão, já enviou na sexta-feira os seus trabalhadores da principal fábrica, em Munique, para férias de Natal prolongadas, depois de quebras na venda de carros.

ambém a Opel anunciou entretanto que a sua fábrica de Eisenach, na Turíngia, deverá passar a laborar apenas quatro dias por semana, reduzindo assim o horário semanal de 38 para 35 horas, e os respectivos salários.

A Opel, subsidiária da norte-americana General Motors, a lutar contra a insolvência, já parou a produção em Outubro em algumas fábricas na Alemanha, durante três semanas, para fazer face à actual crise.
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