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«É tempo para combater défice e travar FMI»

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António Saraiva da CIP defende que seria bom Portugal poder resolver problemas do défice orçamental e da dívida pública

O presidente da CIP, António Saraiva, disse esta terça-feira que é tempo de ter coragem para se tomar medidas de combate ao défice orçamental, porque não é desejável a ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI).

«É tempo de, corajosamente, se tomarem medidas porque não se deseja que o FMI nos venha dar a ajuda que nós precisamos», disse António Saraiva à margem do congresso «Portos e Transportes Marítimos» que está a decorrer no Centro de Congressos de Lisboa.

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Para o líder da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), seria bom que Portugal pudesse resolver os problemas do défice orçamental e dívida pública.

Isso «exige coragem, a qual lamentavelmente tem falhado e se não a tivermos e não arrepiarmos caminho, receio que seja mais grave ainda», disse citado pela Lusa.

«Ou se muda por inteligência ou por necessidade»

António Saraiva ironizou a dificuldade do Governo em «controlar o défice orçamental», rematando que «se um homem não muda por inteligência muda por necessidade».

«Eu preferia que mudássemos por inteligência», salientou.

Considerou ainda que é importante um entendimento no quadro parlamentar em que os partidos se coloquem de acordo no essencial às medidas para o Orçamento do Estado para 2010 de forma a evitar a entrada do FMI.

Recorde-se que o Governo anunciou segunda-feira que a despesa do Estado cresceu 2,7% entre Janeiro e Agosto de 2010, mas continua a «registar uma desaceleração consistente» desde Junho.

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Segundo a síntese de execução orçamental de Agosto, os dados disponibilizados indicam que a desaceleração da despesa efectiva do Estado se cifrou em menos 1,6 pontos percentuais relativamente a Junho, quando se situava nos 4,3%.

O comunicado da direcção geral do Orçamento refere ainda que o crescimento de 2,7% da despesa em termos homólogos está «exactamente em linha com a taxa de crescimento inscrita no Orçamento do Estado para 2010».

O Governo prevê alcançar a meta do défice de 7,3% este ano.

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