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Bruxelas: cimeira não é para agradar agências de rating

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Comissão Europeia reconhece que encontro é decisivo, mas não se quer mostrar pressionada com ameaça de cortes da S&P

A Comissão Europeia reconhece que é imperioso que o Conselho Europeu desta semana produza respostas à crise da dívida soberana. Mas apenas porque isso é crucial «para os cidadãos europeus» e não porque é preciso «agradar às agências de notação».

Questionado durante a conferência de imprensa diária do executivo comunitário sobre a decisão da véspera da agência de notação financeira Standard & Poor`s de colocar em perspectiva negativa o rating da dívida soberana de longo prazo de 15 países da Zona Euro, o porta-voz dos Assuntos Económicos escusou-se a comentar a nota específica, mas garantiu que o trabalho que está a ser feito é a pensar nos cidadãos, e não nos mercados.

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«Temos de tomar decisões importantes (na cimeira de sexta-feira) não porque as agências de notação reclamam, mas porque é necessário para os cidadãos». Amadeu Altafaj Tardio freforçou: «Não porque queremos agradar a agências de notação ou forças dos mercados, mas para completar a resposta global à crise».

O presidente do Eurogrupo também já veio reagir à ameaça da S&P, dizendo que ela é «exagerada e injusta».

O alerta daquela agência de notação aconteceu no dia em que o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, apresentaram em Paris as grandes linhas de um projecto comum para a revisão do Tratado de Lisboa, que inclui sanções automáticas para os Estados que ultrapassarem o limite do défice.

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Na reacção à mensagem da S&P, França e Alemanha disseram que o caminho está «traçado» e é com «convicção» que vão apresentar as suas propostas na cimeira de sexta-feira.

Certo é que a ameaça da Standard & Poor`s logo originou reacções, agitando os mercados. As bolsas europeias mergulharam no vermelho.

O FMI considerou crucial a sintonia franco-alemã, mas alertou que não chega e o um analista da DIF Broker não tem dúvidas de que a ameaça da S&P pretende ser um aviso para a tomada de decisões, mas decisões sérias e medidas concretas na cimeira europeia.

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