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Alerta: produtos bancários com taxas crescentes ilusórias

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Incentivos à poupança estão em baixo, mas o melhor é optar por depósitos a um ano e ir renovando. Se procura produtos a 5 ou mais anos, opte pelos certificados do Tesouro

Os bancos oferecem cada vez mais produtos de taxa crescente, como alternativa aos tradicionais depósitos a prazo. Mas não se deixe enganar: na maior parte das vezes, estes produtos não são bem o que parecem.

A «Proteste Poupança» de Outubro, que analisou 30 produtos de taxa crescente até 5 anos, pro¬postos pela banca como alternativa aos depósitos tradicionais de curto prazo e concluiu que «algumas campanhas destacam as taxas mais elevadas referentes ao último pe¬ríodo da aplicação. Mas, nenhum tem, no primeiro ano, um rendimento igual ou superior ao melhor depósito a 12 meses (3,1%)».

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E aconse¬lha: «esteja atento ao rendimento ilusório, consulte a taxa anual efectiva líquida (TAEL) para o total do prazo e primeiro ano, compare com os melhores depósitos e verifique a possibilidade de mobilizar o capital e eventuais penalizações».

Só em 2009, a taxa de poupança passou de 6,4% para 8,8% e este ano rondará os 11%, segundo o Instituto Nacional de Estatística. Contudo, um inquérito do Banco de Portugal revelou que mais de metade dos aforradores não compara taxas e muitos seguem apenas as sugestões dos bancos.

A «Proteste Poupança» lembra que, em tempos de crise, poupar é essencial, mas reconhece que «os incentivos à poupança não são muitos. As taxas de juro continuam nos níveis mais baixos de sempre. Por exemplo, os certificados de aforro perderam o interesse em 2008 e os planos de poupança-reforma arriscam-se a seguir o mesmo caminho, caso se¬jam aprovados os limites dos benefícios fiscais. Já os depósitos rendem pouco: a taxa média a 1 ano é de 1,1% líquida. Como a taxa de inflação prevista é de 1,4% para este ano, a maioria dos depósitos obterá um rendimento real negativo».

Embora não seja possível prever com exactidão a evolução das taxas nos próximos anos, tudo aponta para subidas. Por isso, a revista aconselha: «Não subscreva prazos de 5 anos, por vezes com fortes restrições à mobilização e rendimento inferior ao melhor depósito a 12 meses». Em vez disso, recomenda, faz melhor se «optar por depósitos até 1 ano e a renovar anualmente à melhor taxa. Caso não precise do dinheiro por 5 anos e pretenda um produto com capital garantido, subscreva Certificados do Tesouro».

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