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Há mais um país a querer bloquear ajuda a Portugal

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Apoio a Portugal tem de ser aprovado pelo Parlamento finlandês. E há sérios riscos de que não tenha luz verde

Primeiro a polémica vinda da Alemanha, agora a Finlândia. Há sérios riscos de que este país não venha a contribuir para o resgate de Portugal. E isso pode pôr em jogo a capacidade de a Zona Euro garantir a sua própria estabilidade financeira.

A Finlândia está prestes a ir a eleições - têm data marcada para dia 17 de Abril. Os partidos eurocépticos estão contra o resgate de Portugal e até mesmo contra o reforço do fundo europeu de resgate. O problema, para Portugal, é que este é o único país onde os empréstimos para efeitos de resgate têm de ser aprovados pelo Parlamento. E aí é que o caldo pode entornar.

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«Mais vale deixá-los cair na bancarrota»

«A situação está a ficar mais difícil». As últimas sondagens mostram que muitos finlandeses não querem que o país apoie Portugal nem qualquer aumento de garantias para o fundo europeu. São já 48%, segundo disse à Reuters o assessor do Ministério das Finanças finlandês, Martti Salmi.

Pior: «Eu tenho viajado pelo país, fui a 14 cidades nas últimas semanas e muitas pessoas estão relutantes em entrar em qualquer tipo de debate racional. Dizem simplesmente: `É errado ajudar Portugal, tal como foi errado ajudar a Grécia, devemos deixá-las cair na bancarrota`».

O efeito de contágio

Ora se a Finlândia vier mesmo a recusar ajudar Portugal pode dar-se um efeito de contágio a outros países: isso poderia, desde logo, reforçar a oposição à ajuda da Alemanha - já desencadeada pelo Europolis.

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Até o ministro alemão das Finanças veio já dizer que o eu país ajuda Portugal, mas só mediante «condições difíceis».

O bloqueio finlandês poderia também causar maior tumulto nos mercados da dívida.

Daí que «a estabilidade financeira da Zona Euro como um todo está, de alguma forma, em perigo», admitiu Martti Salmi.

Mas mesmo que a Finlândia decida não participar do salvamento português, a sua quota de garantias para empréstimos do fundo europeu (cerca de 1,4 mil milhões de euros), poderão, segundo fonte da Zona Euro, ser redistribuídos entre os países que partilham a moeda única.

As primeiras estimativas apontam para que Portugal precise de 80 mil milhões de euros.

[Notícia actualizada às 11h com mais informações]

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