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Monti: Itália não precisa nem vai precisar de ajuda

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Primeiro-ministro italiano garantiu que o país não precisa de assistência externa para responder à crise da dívida pública

O primeiro-ministro italiano, Mário Monti, afirmou esta quarta-feira, durante uma entrevista à rádio pública alemã ARD, que a Itália não precisa de assistência externa para responder à crise da dívida pública.

«A Itália não precisa, nem vai precisar, da ajuda do Fundo de Apoio da Zona Euro», afirmou Monti, citado pela imprensa italiana.

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As declarações deste antigo comissário europeu surgem depois de algumas declarações que apontam para a a necessidade italiana de ajuda.

Já hoje, Monti tinha considerado «totalmente desadequados» os comentários da ministra austríaca das Finanças, que admitira a possibilidade de a Itália vir a ter necessidade de ajuda, antes de corrigir as suas declarações.

Monti solicitou aos operadores dos mercados e aos analistas «que não sejam dominados por clichés ou preconceitos», depois de ter desmentido com vigor os rumores sobre um eventual contágio a Roma da crise europeia.

«Compreendo que a Itália, no passado, tenha sido associada à ideia de um país indisciplinado, mas agora está mais disciplinada que muitos outros países europeus», disse, para acentuar a sua posição.

«O nosso país paga, através da sua contribuição proporcional, para ajudar a Grécia, Portugal, a Irlanda e agora a Espanha. E, está a pagar também taxas de juro extremamente elevadas, por causa das tensões nos mercados».

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O governo italiano quer afastar os receios dos operadores de mercado de que a Itália seja o próximo país atingido pela crise da dívida, depois da ajuda prometida à Espanha no passado fim-de-semana e antes das eleições na Grécia no próximo domingo, nas quais este país joga a sua permanência na Zona Euro.

As afirmações de Monti ocorrem também na véspera de uma emissão de dívida pública de curto prazo, considerada um teste importante.

A Itália, que tinha conseguido recuperar alguma credibilidade no início do ano, graças às políticas de rigor e às reformas do governo Monti, regressou na segunda-feira à linha de mira dos operadores de mercado.

As suas taxas a 10 anos voltaram a subir acima da barra simbólica dos seis por cento e os seus bancos estão sob pressão na bolsa, o que são vistos como sinais do regresso da desconfiança dos investidores.

Alguns analistas receiam que a Itália seja o próximo país a cair, na Zona Euro.

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