Ricardo Salgado considera que foi a medida de resolução a criar o buraco de 3,3 mil milhões referentes ao crédito concedido pelo BES ao BESA.
Segundo o ex-presidente do banco, antes da resolução, o BES ainda tinha cerca de 3,7 mil milhões em capital, que «servia para o crédito a Angola e ainda deve ter sobrado para outras provisões».
Portanto, para Salgado, o crédito «estava totalmente provisionado», «algures», «num determinado momento após o colapso».
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O problema, no seu entender, foi a divisão entre o banco bom e o banco mau, apesar de ter referido que chamar este nome ao BES é como darem-lhe «uma facada».
«As ações do BESA foram para o banco mau e a garantia foi considerada tóxica. E o crédito do BES sobre o BESA foi para o banco bom, agarrado ao resto do capital do BESA».
«E depois apresentaram-se em Angola e os angolanos já se tinham visto livres da garantia, porque, por mais amigos do GES que fossem, sabiam que já não era o GES que estava no BES. E foram negociar o crédito, recuperando 68o milhões».
«E nós não o considerávamos perdido…»
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