Uma multidão de duas mil pessoas incendiou pneus, bloqueou estradas e atacou agentes federais que fiscalizam o derrube ilegal de árvores na Amazónia mas as autoridades garantiram hoje que os tumultos não impedirão a aplicação da lei, escreve a Lusa.
A Agência brasileira de Protecção Ambiental desistiu terça-feira dos esforços para auditar as empresas madeireiras e serrações suspeitas de procederem ao derrube ilegal de árvores depois de multidões terem cercado os seus funcionários e tentado invadir uma serração numa «revolta pública» na localidade de Tailândia, na região da Amazónia, disse a agência na sua página electrónica.
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Destruição da Amazónia aumentou
Muitos dos manifestantes trabalham na área das serrações que podem ser afectadas pelas inspecções. Os proprietários das serrações alimentam o descontentamento ameaçando despedir os trabalhadores interrogados pelos agentes, disse a agência do Ambiente.
Mas o Governo prometeu hoje retomar a repressão dos «Protectores da Amazónia» ao derrube ilegal de árvores na maior floresta tropical do mundo, disse Flavio Montiel, director da agência ambiental.
O combate à desflorestação começou na semana passada, quando 130 funcionários do Ambiente começaram a inspeccionar as cerca de 140 serrações de Tailândia.Das dez serrações auditadas, cinco foram multadas por armazenarem de madeiras de origem desconhecida e por as venderem sem autorização.
A Agência apreendeu ainda 13 mil metros cúbicos de madeiras ilegais suficientes para encher 640 camiões. Mas os inspectores foram surpreendidos terça-feira por uma «turba enraivecida» que bloqueou estradas e os forçou a fugir sob a protecção de 70 agentes da polícia. Houve tiros mas não se registaram feridos. Os manifestantes empunhavam cartazes proclamando: «Somos trabalhadores. Queremos trabalhar».
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