Elementos da comunidade portuguesa radicada na Venezuela «suspiraram» de alívio, na sexta-feira, ao tomarem conhecimento do fim do conflito com a Colômbia, felicitando os presidentes envolvidos e pedindo «a Deus que abençoe e ilumine as ideias e decisões» dos estadistas da América Latina, escreve a Lusa.
«Suspiramos de contentes, vivemos momentos de tensão. É importante que os presidentes da América Latina pensem sempre que os povos não votam a favor de nenhuma guerra e que quando há conflitos comos estes os pobres são sempre os mais prejudicados», disse à Agência Lusa o presidente do Centro Português de Caracas.
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João Gonçalves insistiu que «em nome da comunidade envio os parabéns aos presidentes e peço a Deus que abençoe e ilumine as ideias e decisões de todos os presidentes da América Latina».
Venezuela: «Não haverá caça às bruxas»
Colômbia: crise termina com aperto de mão
Por outro lado exortou ao Presidente da Venezuela, Hugo Chávez Frías, a concentrar esforços para reactivar a indústria nacional, a «apoiar-se de verdade nos cidadãos do seu próprio país» e a fortalecer a produção venezuelana.
«Falta muita mercadoria nos estabelecimentos comerciais, entre ela leite e outros alimentos. Também faltam carros e outros, produtos que vinham de Colômbia. A crise estava a ter um impacte muito duro para nós», disse.
Aplaudir gesto de reflexão
Para José Luís Ferreira, presidente da Câmara Venezuelana Portuguesa de Comércio e Turismo (CAVENPOR), de Caracas, o «que há a fazer primeiro é aplaudir o gesto de reflexão de todas as partes».
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No seu entender, as consequências da crise, para a Venezuela, «poderiam ser graves em muito aspectos, principalmente na dimensão das relações comerciais que existem» com a Colômbia.
Frisou ainda que «nas zonas fronteiriças já se sentia o efeito da crise no fluxo e venda de produtos alimentares, mas confiávamos que os nossos governantes chegariam a uma solução idônea».
Os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, Nicarágua, Daniel Ortega, Equador, Rafael Correa, e da Colômbia, Álvaro Uribe, terminaram, na sexta-feira, com divergências ocasionadas há uma semana.
Em causa estava uma incursão colombiana, em território equatoriano, durante a qual foi assassinado o «número 2» das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), situação que levou a Nicarágua, o Equador e a Venezuela a romperem as relações com Bogotá e estes dois últimos países a reforçarem a segurança na fronteira.
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