Um engenho explosivo «de potência considerável» explodiu este domingo na sede da Federação de Câmaras de Comércio da Venezuela (Fedecâmaras), em El Bosque, a leste de Caracas, provocando um morto e danos materiais no rés-do-chão, informa a Lusa.
A explosão, segundo o vice-presidente da Fedecâmaras, Lope Mendoza, ocorreu pela 1h00 locais (5h30 em Lisboa), causou «danos bastante grandes na parte norte do edifício» e provocou a «morte da pessoa que activou o engenho explosivo».
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Vários portugueses residentes nas proximidades explicaram que a explosão foi ouvida nas vizinhas localidades de Los Cedros e La Campiña, ocasionando «forte vibração nas janelas».
«Minutos depois, chegaram muitas ambulâncias e veículos da polícia», explicaram.
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Alguns portugueses manifestaram temer que «seja comum a colocação de explosivos» na sede da Fedecâmaras, tendo em conta que nos últimos dez anos se registaram quatro explosões, «todas elas de menor intensidade».
«Numa oportunidade a explosão foi de dia, e a onda sonora provocou alguns danos nos edifícios próximos e isso preocupa-nos», disse uma portuguesa.
A ausência, nos supermercados, de produtos como o leite, queijo, frango, carnes, açúcar e café, entre outros, tem intensificado as divergências entre empresários e o governo venezuelano.
O governo acusa os empresários de «tentar tirar os alimentos» da boca do povo e de estarem aliados com a oposição para criar instabilidade no país.
A Fedecâmaras acusa o Executivo de ter «estratégias erradas» e de promover medidas «anti-constitucionais» para «confiscar, expropriar ou intervir as empresas». Acusam ainda o governo de «perseguir» as iniciativas privadas.
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