Os militares portugueses que se encontram no Kosovo consideram normal a situação social na zona, apesar de «todos os dias serem apontadas datas para a independência» desta província sérvia, disse esta sexta-feira à Lusa o segundo comandante da força.
O major Fernando Gonçalves afirmou que desde Setembro, altura em que chegaram ao território, não houve qualquer agravamento da situação, relacionada com a intenção desta província em se tornar independente. «Agitação, não há nenhuma», garantiu.
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«Estamos na expectativa [para a hipótese de existir uma declaração de independência] e estamos preparados para qualquer eventualidade», adiantou o segundo comandante da força portuguesa, composta por mais de 200 militares e que está sob o comando da KFOR (força da NATO no Kosovo), em Pristina.
Este responsável frisou também que até agora não foi alterado o estado de segurança no território.
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Kosovo «independente dentro de dias»
O major Fernando Gonçalves acrescentou que não houve qualquer alteração no tipo de operações que as tropas portuguesas têm vindo a fazer desde Setembro, relacionadas sobretudo com trabalho de patrulhamento.
Na terça-feira, numa coluna publicada no International Herald Tribune, o primeiro-ministro kosovar, Hashim Thaci, anunciara a independência do Kosovo para «dentro de dias», em «estreita coordenação» com os Estados Unidos e a União Europeia.
«A independência está aí. Em estreita coordenação com os nossos aliados Estados Unidos e União Europeia, o meu governo e o Parlamento do Kosovo vão declará-la dentro de dias», escreveu Thaci na coluna, intitulada «O Kosovo está pronto».
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