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UE: Kosovo no topo da agenda da nova presidência

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A Eslovénia é o primeiro dos últimos países do Leste que aderiram à UE a assumir, a 1 de Janeiro, a liderança europeia. O Kosovo está no topo da agenda desta presidência, numa altura em que a região se prepara para declarar a independência da Sérvia, noticia a Lusa.

Apesar do seu estatuto de pequeno país da UE, a Eslovénia pode estar bem colocada para fazer a diferença no actual xadrez político dos Balcãs.

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A Sérvia, o Kosovo e a Eslovénia pertenceram no passado à Federação Jugoslava e os observadores ocidentais esperam que a Eslovénia utilize agora os seus antigos «laços de família» para ajudar a encontrar uma solução para o Kosovo.

«Vocês conhecem o terreno, conhecem a cultura e conhecem os assuntos», disse recentemente a uma delegação eslovena em Washington o secretário de Estado norte-americano, Daniel Fried.

Os EUA e vários países da UE disseram que reconheceriam a independência do Kosovo porque o território não está sob controlo da Sérvia desde 1999, quando a NATO interveio para parar a ofensiva militar do antigo presidente sérvio Slobodan Milosevic contra os separatistas.

A Sérvia, apoiada pela Rússia, insiste que o Kosovo - considerado o berço medieval da nacionalidade Sérvia - deve continuar a fazer parte do seu território, e pediu mais negociações com o Kosovo e com a Albânia.

Na quarta-feira, o parlamento sérvio adoptou por esmagadora maioria uma resolução que ameaça interromper a integração na União Europeia e com o corte de relações diplomáticas com os países ocidentais que reconheçam a independência do Kosovo.

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O ministro dos Negócios Estrangeiros da Eslovénia, Dimitrij Rupel, reconheceu que a Eslovénia vai enfrentar uma tarefa muito difícil na mediação entre os seus «amigos» kosovares e sérvios, trabalhando também pela coesão da União Europeia sobre o assunto.

«O bebé, Kosovo, está agora nas nossas mãos»

Um destacado analista político esloveno vê uma ironia histórica no proeminente papel que a Eslovénia vai desempenhar em breve.

«A Eslovénia, que abandonou a Jugoslávia para não ter de lidar de novo com as crises nos Balcãs, tem agora a oportunidade para se afirmar - não em assuntos que digam respeito ao progresso global da humanidade - mas aos Balcãs», disse Ervin Hladnik Milharcic.

«O bebé, Kosovo, está agora nas nossas mãos», frisou.

Este pequeno país alpino de dois milhões de habitantes, entalado entre a Itália, Áustria, Hungria e a Croácia, fez uma mudança radical e notável desde que declarou a independência em 1991.

Em 2004, o país aderiu à Nato e à UE. Um ano depois tornou-se a 13ª nação a utilizar o euro e no dia 21 de Dezembro, aderiu ao espaço Shengen de livre circulação nas fronteiras.

Para além do Kosovo, a Eslovénia também terá a responsabilidade de acompanhar o processo de ratificação do novo Tratado de Lisboa.

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