O ministro dos Negócios Estrangeiros da Letónia classificou esta sexta-feira de «insustentável» a falta de cooperação que ainda existe entre a NATO e a União Europeia em vários domínios, dando como exemplo a área da segurança energética.
«No mundo de hoje, quando duas organizações que partilham exactamente os mesmo valores não são capazes de cooperar, é simplesmente insustentável e inaceitável», criticou Urmas Paet, ao intervir num painel da Cimeira dos Jovens Atlanticistas dedicado à análise da evolução do relacionamento da NATO com os países do leste, que decorreu à margem da cimeira da Aliança Atlântica em Lisboa.
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Esta falta de cooperação, segundo o chefe da diplomacia da Letónia, é ainda «mais ridícula» quando, dos 27 estados-membros da União Europeia, 21 integram a NATO.
Urmas Paet lembrou que o fornecimento e trânsito de energia são um tema actual e crucial para a segurança na Europa.
Como exemplo para a necessidade de avançar ao nível da cooperação neste domínio entre as duas partes, o governante lembrou a crise energética que há dois anos assolou a Ucrânia, uma situação que «também afectou outros países da NATO».
Segundo Urmas Paet, é necessário «não apenas proteger as ligações físicas» de abastecimento entre os parceiros, mas também «desenvolver alternativas na Ásia Central via Cáucaso ou Turquia».
Nesse sentido, Urmas Paet lamentou que, no âmbito das negociações entre a UE e Turquia, Bruxelas esteja a «bloquear muitos capítulos», entre os quais também o dossier que diz respeito à energia, apesar do grande interesse que existe nessa solução.
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