Hugo Chávez reconheceu a derrota no referendo à sua proposta de reforma constitucional, do passado domingo, que lhe permitiria ser reeleito como presidente da Venezuela indefinidamente. Depois, soube-se, culpou os seus assessores pelo resultado. Já esta quarta-feira, disse que a votação superior do sim foi «uma vitória de merda» e que pretende organizar uma nova consulta popular.
«Foi uma vitória de merda e a nossa uma derrota de coragem», disse Chávez, durante uma conferência de imprensa convocada pela estrutura militar do país, com a finalidade do presidente desmentir que havia sido pressionado por esta para reconhecer a vitória do «não», noticia a edição electrónica do jornal venezuelano Tal Cual
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«Para mim foi a melhor derrota», disse Chávez, citado pela publicação, exlicando que uma vitória mínima da sua proposta reformadora «podia ser catastrófica» e que «agora o país podia estar incendiado e que nunca ficaria claro quem ganhou as eleições». «As dúvidas apontariam com razão contra mim», afirmou.
E sem adiantar qualquer data, o presidente venezuelano reafirmou que o seu projecto legislativo será submetido a um novo referendo, tal como dissera no início do dia numa chamada telefónica feita para a estação televisiva estatal VTV, aponta o Tal Cual.
«Preparem-se para uma nova ofensiva com a proposta, a mesma ou uma transformada ou simplificada, mas já estou seguro. Chegaram-me cartas do povo, porque o povo sabe que se se recolherem assinaturas essa reforma pode submeter-se a referendo de novo, em outras condições, em outro momento», apontou Chávez.
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