O Bloco de Esquerda (BE) entregou, nesta terça-feira, no Parlamento um projeto de resolução para impedir o encerramento da Maternidade Alfredo da Costa (MAC), em Lisboa, ainda este ano, segundo anunciou o Governo.
Os oito deputados que subscrevem a iniciativa propõem que aquela instituição de saúde continue a funcionar até à construção do novo hospital de Todos os Santos, para onde seriam transferidos os serviços e profissionais da maternidade.
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O encerramento foi justificado aos funcionários da maternidade na passada quinta-feira pela presidente da administração com «a necessidade de reduzir custos, evitando o mais possível a existência de redundâncias» com outras unidades, como os hospitais de Cascais, Vila Franca de Xira ou Loures.
«A decisão de encerrar a MAC apoia-se em argumentos falsos e revela que, nos últimos meses, o Governo não fez outra coisa senão mentir sobre os seus verdadeiros propósitos relativamente à MAC», acusam os bloquistas, citados pela Lusa.
Ao contrário do que alega o Governo, a maternidade não reduziu o número de partos e «não é aceitável» que «queira forçar» as grávidas a escolher outro hospital «apenas para facilitar a vida às parcerias público-privadas instaladas em Cascais, Vila Franca de Xira e Loures», apontam ainda.
«Mesmo depois da recente abertura do Hospital de Loures o número de partos da MAC não baixou relativamente a anos anteriores», sustenta o BE.
«O fecho da MAC é um favor aos grupos privados» que gerem os hospitais de Loures, Cascais e Vila Franca de Xira, acusam.
Os bloquistas alegam ainda que a Alfredo da Costa é a maternidade com maior atividade no país, incluindo as privadas, e que desde foi anunciado o encerramento da MAC, «o Governo não tem feito outra coisa senão mentir sobre as suas verdadeiras intenções» quanto ao futuro da instituição de saúde, «procurando escondê-las quer dos profissionais quer da opinião pública».
«Nada ficará melhor no domínio da assistência materno-infantil em Lisboa depois de fechar a melhor e mais diferenciada maternidade da região e do país», asseguram.
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