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Sócrates e os protestos

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Primeiro-ministro não está «convencido» de que tenha havido intromissão no direito de manifestação

O primeiro-ministro, José Sócrates, disse hoje «não estar convencido» de que tenha havido qualquer intromissão no direito de manifestação no caso da visita de agentes da PSP à delegação do Sindicato de Professores na Covilhã.

José Sócrates falava no final de uma sessão de perguntas e respostas com alunos da Escola Secundária Frei Heitor Pinto, na Covilhã, sobre a União Europeia, no âmbito da iniciativa «Regresso à Escola», promovida pela Comissão Europeia.

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O primeiro-ministro foi recebido com apitos e palavras de ordem contra o governo de mais de uma centena de pessoas, entre os quais muitos dirigentes sindicais.

«O que se passou só deu mais força a este protesto», referiu Mário Nogueira, dirigente da FENPROF.

«As pessoas mais indignadas que participam neste protesto são as que votaram no PS, porque são as que se sentem mais enganadas com as políticas e atitudes do Governo», sublinhou.

À chegada, José Sócrates encaminhou-se para a entrada da escola por entre alunos e alguns apoiantes, enquanto os protestos se faziam ouvir do outro lado do passeio.

«É assim a festa da democracia: acho isto muito positivo. Há quem proteste e há quem aplauda», referiu aos jornalistas, destacando o seu «contentamento» em regressar à escola onde estudou e «rever professores, colegas e conhecer os novos alunos».

Sobre a visita da PSP, segunda-feira, à delegação sindical, referiu que até estarem concluídas as averiguações do Ministério da Administração Interna sobre o caso, «temos que considerar as posições do sindicato e da polícia».

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«A explicação que a polícia nos dá é que pretendeu organizar a manifestação e fazer os possíveis para que tudo corresse bem. Não podemos partir do princípio que isso não é verdade», sublinhou.

«Não acho normal que haja intromissão no direito de manifestação, mas não estou convencido de que isso que se tenha passado. Vamos esperar pela conclusão das averiguações», referiu.

José Sócrates reagiu ainda com incredulidade à posição do presidente do PSD, Luís Filipe Menezes, que desafiou os notáveis do PS a insurgirem-se contra «atentados à liberdade».

«Começamos bem. Ele disse isso? Era só o que faltava», referiu aos jornalistas. «O que é que se passou? Nada mais do que alguém que protesta e alguém que governa», frisou.

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