A autarquia de Lisboa já saldou 60 milhões de euros de dívidas a credores, revela o presidente da Câmara Municipal, António Costa, numa entrevista à TSF e Diário de Notícias publicada este domingo, nas vésperas de cumprir cem dias de mandato.
Três meses depois de ter tomado posse, António Costa afirmou no programa «Discurso Directo» da TSF/DN que, actualmente, «não há nenhuma dívida inferior a dez mil euros que esteja por pagar» e que, do total dos 500 milhões de euros de dívidas a credores, conseguiu reduzir 60 milhões.
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«Temos que reduzir a dívida ainda até 31 de Dezembro, de forma a não exceder o limite de endividamento de 2007» - reforçou - para que a autarquia não seja sancionada pelo Governo, tal como aconteceu em 2006.
Ao fim de três meses, António Costa mantém a prioridade de «arrumar a casa» e «prosseguir as reformas internas», o que implicou já a dispensa de mais de uma centena de funcionários.
«Disse na campanha eleitoral que não haveria despedimentos de funcionários da câmara, mas a câmara tem, para além do quadro de funcionários, um número extremamente elevado de pessoas em contrato de prestação de serviços», referiu Costa, especificando que são 938 pessoas, das quais foram dispensadas 127.
Na entrevista, António Costa fala do ambiente de «excelente relação institucional com a assembleia municipal» e de «um bom entendimento no termos do acordo» que foi celebrado com o Bloco de Esquerda, apesar dos pontos de vista nem sempre serem coincidentes.
Sobre a cidade que governa, Costa dá conta que a autarquia deve reapreciar o projecto de recuperação da Baixa- Chiado, opõe-se pessoalmente à criação de uma Chinatown e acredita que a generalidade dos lisboetas faz uma apreciação «francamente positiva» do túnel do Marquês.
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