A três dias das eleições, o CDS resolveu recorrer às novas tecnologias para apelar ao voto e vai enviar mensagens de telemóvel para milhares de portugueses. «Ajude-nos a ficar à frente do BE e do PC. Nacionalizações, aumentos de impostos e ataque às poupanças dão cabo da economia. Assim não se gera confiança nem emprego. O CDS tem de ser a 3ª força! Reenvie a mais 20. Obrigado. Paulo Portas».
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Paulo Portas revelou esta quarta-feira num jantar em Setúbal que o CDS vai enviar a mensagem para 20 mil militantes e simpatizantes e apela a que cada contacto se envie por 20. O objectivo é chegar aos 500 mil em 4 dias.
O sms tem quatro palavras-chave: emprego,confiança,impostos e poupança. O objectivo é criar uma onda do CDS como voto inteligente e útil.
«Maioria absoluta jamais»
Além de criticar a «extrema-esquerda», como já tem feito durante a campanha, Paulo Portas frisou a importância de eleger um segundo deputado por Setúbal, distrito que o líder do CDS assume ser «difícil» para o partido. Apela por isso ao voto de eleitores de outros partidos e quer campanha rua a rua, porta a porta. «Se nós elegermos um segundo deputado quem o perde é o PS ou o BE», disse.
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Indo de encontro a uma das questões que considera ser «um dos maiores problemas do discurso», Portas afirma que Nuno Magalhães, deputado eleito por este circulo «é o único deputado de direita eleito pelo distrito e de longe o que mais trabalhou. Se o tema da segurança chegou ao Parlamento, muito se deve a Nuno Magalhães», diz Portas. «Os outros não lhe chegam aos calcanhares».
Portas virou-se depois para o PS e não resistiu a usar as gaffes do ministro das Obras Públicas acerca da localização do novo aeroporto. «Maioria absoluta de um só partido, «jamais» [em francês]», diz Portas, recordando que Mário Lino dizia que na margem sul só havia camelos.
Aproveitando a presença no jantar de Octávio Machado, candidato do CDS por Palmela, Portas afirmou que o principal valor que o partido defende é: «Trabalho, trabalho, trabalho».
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