ACTUALIZADA ÀS 12h54
O ex-presidente da PT-Meios referiu, esta terça-feira, na comissão de inquérito, que «quem manda na PT é o Estado e o BES», os accionistas maioritários da empresa.
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«Nada se passa na PT sem o beneplácito do Estado e do BES para as questões estratégicas. Tem de haver consenso entre estes dois accionistas», afirmou.
Assim sendo, para Carlos Barbosa, «é impensável que este negócio [PT/TVI] fosse feito sem conhecimento dos dois accionistas principais, BES e Estado». Um negócio que até o «espanta», já que, «cinco anos antes», a PT vendeu «tudo o que tinha» na área dos meios de comunicação social, referindo-se à venda da Lusomundo Media à Controlinveste em 2005.
Sublinhando a «polémica que havia» à volta do negócio em 2009, o ex-presidente da PT-Meios não acredita «que fosse possível num negócio desta envergadura» que Henrique Granadeiro «não estivesse informado» desde o início, conforme o próprio o disse na comissão de Ética.
Carlos Barbosa elogiou, no entanto, a «equipa excepcional liderada por Zeinal Bava», que «não está preocupada com política, mas sim com gerir a empresa».
Questionado pelo deputado do PS Manuel Seabra, o actual presidente do ACP admitiu que não teve nenhuma intervenção do negócio até porque nunca mais «entrou» na PT depois de ter saído em 2006.
No entanto, revelou que Nuno Vasconcellos e Rafael Mora, directores no ACP mas também presidente e vice-presidente da Ongoing, eram «voz corrente» do que se ia passando no negócio.
O questionário da bancada socialista deixou Carlos Barbosa incomodado, porque os deputados do PS pretendiam apenas saber o seu conhecimento directo deste negócio e o ex-presidente da PT-Meios pretendia que a «vertente política» também fosse analisada.
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