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Ministra da Saúde vota «fecho» de SAP

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Lourinhã: Ana Jorge preside Assembleia Municipal que vota moção na sexta-feira

A ministra da Saúde, Ana Jorge, vai continuar à frente da Assembleia Municipal da Lourinhã, presidindo sexta-feira a uma sessão em que serão votadas duas propostas a favor da manutenção do Serviço de Atendimento Permanente (SAP), encerrado em Dezembro.

«A doutora Ana Jorge vai continuar na Assembleia de pedra e cal», adiantou à agência Lusa o líder da bancada socialista, João Dias Ferreira, cuja lista foi encabeçada por Ana Jorge nas eleições autárquicas de 2005.

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João Dias Ferreira adiantou que deputados e autarcas locais do Partido Socialista (PS) «aplaudiram» a decisão - da própria em querer manter-se no órgão -, por não haver incompatibilidades com a função que agora desempenha no Governo.

Abaixo-assinado contra fecho de SAP

Nova ministra criticou fecho de urgências

O socialista sublinhou que a «experiência» ganha por Ana Jorge na Assembleia Municipal irá permitir à nova ministra estar «mais sensibilizada» para «ouvir as reivindicações dos autarcas», em matérias como o encerramento de serviços de saúde.

A Assembleia Municipal vai votar na sexta-feira uma moção, apresentada pelo PSD, com vista à realização de um referendo municipal em que os munícipes seriam levados a responder se concordariam com o encerramento do SAP.

PSD e CDS-PP vão também levar à discussão uma proposta a ser enviada ao Ministério da Saúde e Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo.

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No documento a que a Lusa teve acesso, sociais-democratas e populares pretendem que a câmara municipal assegure junto da ARS a reabertura do SAP, exigindo também a existência de um atendimento alternativo para utentes sem médico de família, a criação de uma unidade móvel de saúde e a melhoria da rede de cuidados continuados e de apoio domiciliário.

Lourinhã quer ambulância do INEM

A oposição exige também a disponibilização para o concelho de uma ambulância do Instituto Nacional de Emergência Médica, prometida a partir de Abril, no protocolo assinado em Janeiro entre a autarquia e a ARS.

«A doutora Ana Jorge partilhava muito das ideias do anterior ministro, mas pensamos que haverá da parte da senhora ministra um cunho pessoal», disse à Lusa o deputado do PSD Carlos Segadães, na expectativa de que Ana Jorge possa reabrir o processo de negociação entre a Câmara e a ARS, o qual deu origem à assinatura de um protocolo, em que estão previstas medidas compensatórias pelo encerramento do SAP, a entrar em vigor a 1 de Março.

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PSD e CDS-PP sustentam que o SAP deve manter-se aberto quando se assiste à «degradação de cuidados de saúde», ao «aumento de pessoas sem médico» e à «redução do número de médicos» no concelho.

«É fundamental que exista algo que dê resposta às necessidades das população», frisou Carlos Segadães.

Ministra admitiu que encerramento era «mal feito»

Antes de ser convidada para ministra da Saúde, Ana Jorge admitiu na Assembleia Municipal de Janeiro «ser mal feito» encerrar urgências «sem estarem criadas as condições alternativas».

Defendeu antes que «mais importante [do que ter uma urgência] é que quando uma pessoa está doente tenha uma consulta no seu médico de família em tempo útil».

Por isso, reconheceu que «foi mal feito ter-se fechado o SAP [da Lourinhã] à noite [em Outubro de 2006] sem que se tenha ganho esse tempo em consultas».

Ana Jorge integra a Assembleia Municipal da Lourinhã desde 2001, tendo sido líder da bancada do PS no mandato anterior.

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