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PSD acusa PS de «instrumentalizar questões europeias para fins nacionais»

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O vice-presidente do PSD acusou, nesta terça-feira, o PS de «querer instrumentalizar as questões europeias para fins nacionais» e «radicalizar pontos de vista» sempre que está próximo de um acordo.

«Essa não era uma tradição que existisse em Portugal. A tradição que existia em Portugal era a de, nas questões europeias, conseguirmos criar os consensos no arco político tão alargado quanto possível, para que houvesse estabilidade de políticas», afirmou Jorge Moreira da Silva, citado pela Lusa.

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O primeiro vice-presidente do PSD falava aos jornalistas enquanto ainda decorria a reunião da comissão política dos sociais-democratas, que definiu os princípios orientadores para as eleições autárquicas de 2013.

«Aquilo que temos podido ver nos últimos três meses é um sinal muito evidente de que o Partido Socialista procura, sempre que estamos próximo de um acordo, encontrar um pequeno detalhe, um pequeno pretexto, para radicalizar pontos de vista, porque, no fundo, olha para as questões europeias como um campo privilegiado para uma visão maniqueísta da vida política nacional», criticou.

Moreira da Silva lamentou que, num momento de «grande esforço» para demonstrar, no contexto europeu, «capacidade de compromisso», que, «depois de longas negociações em que o PSD e o CDS fizeram um elevado número de cedências de forma a haver uma aproximação, ainda assim o Partido Socialista tenha optado por não aceitar essa conciliação».

O primeiro-ministro afirmou hoje que o papel do BCE e a criação de uma agência europeia para gerir dívida mutualizada foram os pontos que inviabilizaram uma resolução comum entre PS e PSD para a próxima cimeira europeia.

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«Tenho pena que, no final, não tivesse sido possível chegar a um documento comum, julgo que é público que as divergências se situam ao nível do papel do Banco Central Europeu, bem como da possibilidade da criação de uma agência europeia para gestão comum de dívida mutualizada», afirmou Pedro Passos Coelho.

O secretário-geral do PS, António José Seguro, considerou, também neste dia, que a dimensão mais grave da crise europeia é política e defendeu que a solução passará em larga medida pela eleição direta do presidente da Comissão Europeia.

O próximo Conselho Europeu realiza-se nos próximos dias 28 e 29 de junho, em Bruxelas, e depois de alguns dias de negociações entre PS e Governo, com o objetivo de levar uma posição comum à reunião, as duas partes anunciaram na passada sexta-feira o falhanço das mesmas.

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