O ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, considerou esta quinta-feira «indecorosa» a proposta do líder do PSD, Luís Filipe Menezes, de que seja nomeado um social-democrata para presidir à Caixa Geral de Depósitos (CGD), noticia a Lusa.
Confrontado com as posições do líder social-democrata sobre os critérios para a escolha da nova administração da CGD, o ministro da Presidência reagiu com palavras duras. «É particularmente indecorosa a forma como o dr. Luís Filipe Menezes tem andado a meter cunhas em público para nomear os seus amigos do PSD para este ou para aquele lugar», reagiu o titular da pasta da Presidência.
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Pedro Silva Pereira acusou Luís Filipe Menezes de ter «uma estranha visão dos critérios de nomeação que devem ser seguidos» em relação a uma instituição como a CGD.
No caso da CGD, «o Governo escolherá as pessoas que entender adequadas para o lugar», disse, antes de se referir à nomeação pelo actual executivo do ex-ministro da Economia (PSD/CDS) Carlos Tavares para a presidência da Comissão de Mercados de Valores Mobiliários (CMVM) e do «histórico do CDS» Basílio Horta para a Agência Portuguesa de Investimentos (API).
Pedro Silva Pereira também recusou a ideia que os governos liderados pelo PSD tenham no passado nomeado um socialista para a presidência da CGD. «Nessa matéria, Luís Filipe Menezes revela escassa memória. Com um pequeno esforço histórico demonstra-se que a anterior administração da GCD era liderada pelo ex-secretário de Estado [PSD] Vítor Martins».
«Antes desta equipa, a presidência da CGD era constituída por António Sousa e Mira Amaral», dois ex-membros de executivos social-democratas, afirmou, antes de deixar o seguinte comentário: «Não sei de onde vem essa ideia de que os governos do PSD nomearam para esses lugares [na CGD] pessoas de outros partidos. Por certo, não foi na recente experiência de Governo do PSD», disse.
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