Já fez LIKE no TVI Notícias?

Cimeira: uma hora e meia de <i>gaffes</i>

Relacionados

Chegada de chefes de Estado europeus e africanos marcada por confusão

Alguma confusão e gaffes marcaram a chegada dos diferentes líderes africanos e europeus à recepção oferecida pela presidência portuguesa da UE aos participantes na II Cimeira UE/África, que decorre no fim-de-semana em Lisboa, noticia a agência Lusa.

As trocas de nomes e de cargos e as ausências temporárias do protocolo foram uma constante ao longo da cerca de hora e meia que demorou a chegada das diferentes delegações ao Pavilhão de Portugal, no Parque das Nações, em Lisboa. O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação português cumprimentou dirigentes políticos que não foram anunciados ou surgiram trocados.

PUB

Sob a conhecida «pala» do arquitecto português Siza Vieira chegaram numerosas viaturas e autocarros de turismo de luxo, que, nalguns casos, transportavam apenas meia dúzia de passageiros, alguns deles chefes de Estado, como aconteceu com o Presidente de São Tomé e Príncipe, Fradique de Menezes.

O protocolo de Estado português só começou a anunciar os nomes cerca de meia hora mais tarde, altura em que o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação português, João Gomes Cravinho, compareceu na sala de entrada do pavilhão, com uma ala destinada aos fotógrafos, para receber os visitantes.

Deu vontade para rir

Por vezes desorientado face à falta de informação, Gomes Cravinho ria-se juntamente com os repórteres fotográficos, que, insistentemente, lhe pediam que apertasse as mãos aos convidados de frente para as câmaras, o que raramente aconteceu, dado a velocidade a que entravam.

Nalguns casos, o governante português, que, de mãos atrás das costas, deambulava para trás e para a frente, desconhecia mesmo quem cumprimentava, uma vez que o membro do protocolo, que surgia rapidamente e desaparecia ainda mais depressa, se esquecia ou não estava presente para anunciar o visitante.

PUB

Tal, porém, era desnecessário quando surgiam algumas caras mais conhecidas, como no caso dos presidentes zimbabueano, Robert Mugabe, a quem Gomes Cravinho apertou a mão sem que o mais polémico chefe de estado presente na cimeira de Lisboa o olhasse de frente.

Depois de cumprimentarem Gomes Cravinho, os participantes na cimeira entraram na sala da recepção, vedada aos jornalistas, onde foram recebidos pelo primeiro-ministro português, José Sócrates, e pelo Presidente do Gana, John Kufuor, ambos na qualidade de presidentes em exercício da União Europeia e da União Africana, respectivamente.

Impossibilidade de confirmar nomes

Impossibilitados de confirmar os nomes de todos os políticos africanos e europeus menos conhecidos ou mediáticos, os jornalistas tentavam perceber quem chegava, sem que o protocolo, que prometera uma listagem com as caras e cargos dos diferentes dirigentes dos dois continentes, pudesse ajudar.

Entre os mais conhecidos, e além Mugabe e de Fradique de Menezes, este último bastante animado, entraram sucessivamente o primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, e os presidentes da Argélia, Abdelaziz Bouteflika, do Gabão, Omar Bongo, de Moçambique, Armando Guebuza, do Sudão, Omar El-Bashir, e da Guiné-Bissau, João Bernardo «Nino» Vieira, curiosamente a última personalidade a chegar à recepção, quando Gomes Cravinho tinha já abandonado o seu lugar «para comer um croquete».

Pelo meio, entrou o presidente da Comissão Europeia (CE), José Manuel Durão Barroso, que se juntou às mais de três dezenas de individualidades e comitivas que compareceram à recepção.

PUB

Relacionados

Últimas