O presidente em exercício da União Europeia, José Sócrates, sublinhou esta sexta-feira que a cimeira entre Europa e África apenas se realizou por «insistência portuguesa» e que provou a sua necessidade pela quantidade de eventos paralelos que proporcionou, noticia a Lusa.
«Esta cimeira entre União Europeia e África começou com uma ideia portuguesa e foi depois uma insistência portuguesa», declarou o primeiro-ministro no final da cimeira da juventude entre Europa e África.
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Tendo ao seu lado o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, o chefe do Governo português disse ter sempre tido «consciência dos riscos, problemas e dificuldades» quando assumiu que a realização da cimeira entre União Europeia e África será uma prioridade da presidência portuguesa da UE.
«Hoje e amanhã, não teremos apenas uma cimeira política entre União Europeia e África. Teremos também cimeiras entre as juventudes, as comunidades de negócios, os municípios, os sindicatos e a organizações não governamentais dos dois continentes. Nada pode dar melhor sinal da vontade de cooperar do que todas estas cimeiras» entre entidades europeias e africanas, disse.
Na sua intervenção, o primeiro-ministro defendeu mesmo que a iniciativa da presidência portuguesa da UE de realizar a cimeira UE/África «transformou-se num amplo movimento, que convergiu para Lisboa».
«Cimeira era necessária e urgente»
«Provou-se em definitivo que esta cimeira era necessária e urgente», sustentou José Sócrates, depois de salientar a importância de Europa e África «terem recuperado agora o diálogo político ao fim de sete anos de costas voltadas».
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De acordo com a estimativa avançada pelo primeiro-ministro português, a II Cimeira entre União Europeia e África «juntará mais de 70 chefes de Estado e de Governo».
«Há uns meses atrás, alguns colegas meus tentaram-me alertar para os riscos da cimeira, dizendo que seria uma sorte ter em Lisboa mais de 15 chefes de Estado e de Governo. Mas, nesta cimeira, não contará apenas a presença de líderes políticos, mas também a agenda e a substância da própria cimeira», apontou.
Entre os temas considerados prioritários na agenda da cimeira, o presidente em exercício da UE apontou as questões da paz e segurança, da governação e dos direitos humanos, desenvolvimento e comércio, alterações climáticas e migrações.
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