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Consórcio que integra EDP para eólica quer investir 1,5 mil milhões

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O consórcio que integra a EDP para o concurso de energia eólica, que está a decorrer, prevê um investimento superior a 1,5 mil milhões de euros e 1.800 novos postos de trabalho.

Este consórcio, designado Agrupamento Eólicas de Portugal (AEP) só concorre à fase A do concurso que compreende 800 MW de potência mais 200 MW, disse Aníbal Fernandes, responsável do consórcio, em declarações à agência «Reuters».

A AEP é constituída pela Enercom, Enernova, Finerge, Generg Expansão e TP, suportado pelo universo de accionistas que são a EDP, a Endesa, a Sonae, Electrabel, Fundação Gulbenkian, Fundação Luso-Americana e Fundação Oriente.

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O mesmo responsável adiantou que o AEP «conta com o empenho e o firme compromisso da Enercom, líder tecnológico mundial na produção de areogeradores, que vai construir quatro fábricas em Viana do Castelo, constituindo a primeira experiência desta empresa num projecto desta dimensão fora da Alemanha».

Aníbal Fernandes, num encontro com jornalistas, acrescentou que «prevemos fabricar 180 a 200 aerogeradores por ano e mais de 70 por cento da produção será para exportação».

Júri deve pronunciar-se «brevemente»

O relatório de selecção do concurso deve estar finalizado em 30 de Junho, de acordo com fontes governamentais. No entanto, Aníbal Fernandes espera que a conclusão seja apresentada já «nos próximos dias».

Segundo o Caderno de Encargos deste concurso, as propostas serão seriadas por pontuações e há a possibilidade de dois ou mais consórcios serem escolhidos para negociações finais para posterior decisão final do vencedor.

Além do AEP, participam neste concurso outros três consórcios, liderados pela Galp Energia e que integra, entre outros a Mota-Engil, um outro pela Iberdrola, Gamesa e outro pela ENEL e Union Fenosa.

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AEP destina 225 milhões do investimento para unidades fabris

O investimento do AEP, a realizar entre 2006 e 2011, será repartido por 1.250 ME na instalação dos parques eólicos, 225 ME em unidades fabris e serviços associados dos quais 100 ME de investimento directo estrangeiro e 35 ME para um fundo destinado a financiar o sistema científico nacional.

O emprego directo ascende a 700 postos de trabalho e 1.100 indirectos.

Além dos 1.000 MW em concurso na primeira fase, uma segunda fase do concurso contempla mais até 500 MW.

Haverá, ainda, uma terceira etapa de 200 MW, num conjunto de pequenos lotes que serão adjudicados até final do ano.

Explicou que os aerogeradores serão 100% fabricados em Portugal, maximizando o Valor Acrescentado Bruto (VAB) em toda a cadeia de valor e que os principais mercados de exportação serão países do Mediterrâneo: Espanha, França, Itália e Grécia.

O agrupamento pretende instalar 48 parques eólicos com uma média de 20 a 25 MW de potência por parque, enquanto o projecto visa a criação de um «cluster» industrial de 29 empresas, que fornecerão todos os bens e serviços necessários para produção e instalação de parques eólicos «chave-na-mão».

Assim, em Viana do Castelo, serão centralizadas a fábrica de pás de rotor, a de geradores síncronos, a de mecatrónica e a de torres de betão.

Adiantou que haverá ainda mais quatro unidades industriais construídas de raíz e cinco outras unidades industriais cuja capacidade produtiva será fortemente reforçada, nomeadamente duas da Siemens.

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