No seu relatório anual sobre o nosso País, a Moody's diz que o rating de Aa2 para a dívida da República e o «outlook» estável «não estão, presentemente, sob pressão, uma vez que as questões estruturais da economia e a rigidez orçamental estão já incorporadas no rating».
«Apesar do aumento do rácio da dívida, com o Governo a apresentar défices substanciais desde 2001, existe um amplo consenso político para melhorar a questão orçamental», refere a vice-presidente da Moody's, Sara Bertin-Levecq, autora do relatório.
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O estudo lembra que «o Governo português tem estado sob forte pressão para reduzir o défice, que deverá atingir 6% em 2005, o maior de toda a Zona Euro. Para cumprir o prazo da Comissão Europeia, o défice terá de cair para menos de 3% até 2008».
«Esta estabilização terá de ser conseguida através de medidas orçamentais», diz Sara Bertin-Levecq, «porque o crescimento da receita directamente relacionado com o crescimento do PIB deverá permanecer anémico no curto prazo».
As metas do Governo, no que ao défice diz respeito, apontam para uma redução de 4,8% em 2006. «Para atingir a redução esperada do défice, as despesas terão de ser reduzidas em 2 mil milhões de euros», revela a vice-presidente.
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