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Mais de 3600 trabalhadores considerados doentes profissionais

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Mais de 3600 trabalhadores foram considerados doentes profissionais em 2005

Dos 3600 trabalhadores, mais de 1500 foram declarados com incapacidade, revelou hoje o Instituto para a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (ISHST).

Os dados divulgados hoje pelo ISHST sobre a sinistralidade laboral e as doenças profissionais em Portugal inserem-se no âmbito do Dia Nacional da Prevenção e Segurança no Trabalho, que se assinala sexta-feira com o objectivo de sensibilizar empregadores e trabalhadores para uma maior prevenção e promoção das condições de trabalho.

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Em 2004, os valores da certificação das doenças profissionais foram similares aos do ano passado, pois de um total de 3252 trabalhadores declarados como doentes profissionais, 2055 foram-no com grau de incapacidade e 1197 sem incapacidade.

Do total de certificados por doença profissional, 54,9% são mulheres.

As doenças provocadas por agentes físicos, onde se incluem a surdez (hipoacúsia por lesão coclear) e as doenças músculo-esqueléticas são as que mais atingem os trabalhadores portugueses.

Em 2004, dos 3252 trabalhadores com doença profissional, 79% foram por doenças causadas por agentes físicos, seguido pelas doenças do aparelho respiratório (12,4%) e doenças cutâneas (4%).

As cinco manifestações clínicas mais causadoras de incapacidade profissional em 2004 foram as tendinites (37,1%), as paralisias (22,4%), a fibrose pulmonar (12,26%), a hipoacúsia (11,5%) e a asma profissional (5,2%).

No mesmo ano, 1916 trabalhadores foram considerados como tendo uma incapacidade permanente parcial, 21 com incapacidade permanente absoluta para o trabalho habitual e 8 com incapacidade permanente absoluta para todo e qualquer trabalho e 78 com incapacidade permanente parcial e incapacidade permanente absoluta para o trabalho habitual.

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Os sectores das indústrias transformadoras, da construção e das indústrias extractivas são aqueles onde se registam mais casos de doenças incapacitantes.

De acordo com os últimos dados apurados pela Direcção-Geral de Estudos, Estatística e Planeamento do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, referentes a 2002, 248 097 trabalhadores sofreram acidentes de trabalho, dos quais 357 resultaram na morte do trabalhador.

Os dois sectores que continuam a registar maiores índices de sinistralidade são o da construção e o das indústrias transformadoras.

Em 2006, segundo dados da Inspecção-Geral do Trabalho, até 18 de Abril, já tinham ocorrido 25 acidentes mortais, 15 dos quais no sector da construção.

O Dia Nacional da Prevenção e Segurança no Trabalho celebra-se sexta-feira, 28 de Abril, com a realização de uma sessão solene presidida pelo ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, José Vieira da Silva, na sala do senado da Assembleia da República.

O objectivo da data é envolver e chamar a atenção do Governo, dos empregadores e dos trabalhadores para a problemática dos acidentes de trabalho e das doenças profissionais, sensibilizando-os para uma maior prevenção e para a promoção de melhores condições de trabalho.

Neste sentido, o Instituto para a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho vai também promover várias actividades para assinalar a data como uma campanha de publicidade na rádio e diversos seminários e acções de sensibilização, em diversos pontos do país.

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