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Portugueses consumiram menos electricidade em Março

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O consumo de energia eléctrica em Portugal Continental, em Março, foi ligeiramente inferior face ao mês homólogo.

De acordo com o relatório mensal do Mercado ibérico de electricidade (MIBEL), publicado pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), esta variação negativa foi de 0,7 por cento.

Este é o segundo relatório mensal publicado sobre a actividade do MIBEL. Recorde-se que este mercado é uma iniciativa conjunta dos Governos de Portugal e Espanha com o objectivo de construir um mercado interno de electricidade. Com a entrada em funcionamento do MIBEL passou a ser possível, a qualquer consumidor dentro do espaço ibérico, adquirir electricidade a qualquer produtor ou comercializador que actue nos dois países, num cenário de livre de concorrência.

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Menos 0,6% de electricidade produzida

Da actividade registada em Portugal é ainda de destacar que a produção de energia eléctrica em Portugal, no referido mês, foi também inferior (menos 0,6%) ao verificado no mês homólogo. O relatório sublinha também que, em 2007, a utilização das fontes hídricas e renováveis (sobretudo eólica) para a produção de energia foi mais significativa. Por outro lado, recorreu-se menos às centrais a gás natural (centrais de ciclo combinado).

Preços de negociação acima de outros mercados europeus

O volume de negociação registado no mercado de futuros, gerido pelo OMIP (operador do pólo português do MIBEL), alcançou os 1.325 GigaWatts/hora (GWh), o que representou uma queda de 4% (menos 57 GWh) face aos 1.378 GWh registados no mês de Fevereiro. O preço de negociação dos contratos de futuro registou uma evolução estabilizada ao longo do mês de Março. Além do mercado de futuros, também no mercado diário, os preços de negociação estiveram acima do praticado na generalidade dos restantes congéneres europeus.

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No mercado de futuros, a negociação registada durante o mês de Março reportou em 86% ao cumprimento das obrigações legais de compra em leilão por parte dos distribuidores espanhóis e do comercializador de último recurso português, tendo estes assegurado a totalidade das aquisições de energia legalmente fixadas.

De registar que este mês ficou marcado pela entrada de mais um agente no mercado de futuros gerido pelo OMIP, totalizando agora em 21 o número de membros negociadores.

Preço médio diário desceu 17,5%

Já a negociação no mercado diário, gerido pelo OMEL (operador de do pólo espanhol do MIBEL), atingiu os 17.931 GWh, ou seja, um valor bastante superior ao registado em Fevereiro (9.453 GWh). Este aumento deveu-se a uma alteração legal ocorrida em Espanha e que regula os contratos bilaterais assinados pelas empresas distribuidoras à tarifa no território peninsular do país vizinho, tendo-se eliminado o critério de assimilação de energias que as empresas distribuidoras negociavam através de contratos bilaterais com entrega física.

Ainda o preço de negociação do contrato de carga base diário fixou-se, em Março, nos 29,68 euros/MegaWatt/hora (MWh), uma redução de 17,5% ao verificado no mês anterior.

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