Em declarações à «Agência Financeira, o responsável da Comissão, Francisco Gonçalves, diz estarem muito preocupados com as informações recentemente divulgadas pelo grupo de Belmiro de Azevedo relativas à operação. Tudo porque, refere, «demonstram ser uma empresa sem estratégia de investimento, a perder quota de mercado na rede fixa com acesso indirecto, orientando poucos recursos».
Para estes trabalhadores, os resultados apresentados esta semana pela Sonaecom «comprovam de uma forma inequívoca que a Sonaecom não tem conhecimento para gerir telecomunicações. Já em outros comunicados que a PT tem feito, tem repetido que, quem percebe de telecomunicações em Portugal é a PT, basta ver os resultados que a empresa tem apresentado ao longo dos anos e os que a Sonaecom tem apresentado», atira.
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Na estratégia que a Sonaecom chamou de «estratégia de investimento a gerar crescimento, certamente por engano, vemos uma Sonaecom com os números fundamentais a cair, que não consegue ter capacidade per si de gerar receitas, não tem capacidade de endividamento». O mesmo responsável ressalva que a capacidade de endividamento da empresa de Belmiro de Azevedo é «para melhorar o negócio deles, tem capacidade de endividamento para comprar uma coisa que é valiosa. Nunca distribuíram um cêntimo pelos accionistas deles, as acções em 2000 foram vendidas a 10 euros hoje valem pouco mais que 4 euros, portanto não tem capacidade de propor um aumento de capital a não ser em cima do património da PT».
Para Francisco Gonçalves, a Sonaecom conseguiu, «reduzindo as previsões de 16 milhões para 8 milhões, apresentar resultados positivos». Sem isto, considera, «apresentaria resultados negativos na casa dos 6 milhões de euros».
Os trabalhadores esperam que a operação não se concretize, porque, a acontecer, «terá um resultado prático a curto prazo, que é entregar totalmente a Optimus à France Telecom. Mas antes isso do que destruir a PT e prejudicar o país, os clientes e os trabalhadores», conclui.
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