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Perito da Scotland Yard em Lagos

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É famoso por ter resolvido com sucesso casos de desaparecimento e rapto de crianças. Chegou esta manhã para ajudar as autoridades portuguesas. Autarquia também dá uma mão. Lixo e esgotos foram passados a pente fino

Todos ajudam na busca da pequena Maddie, desaparecida da Praia da Luz, em Lagos. O presidente da câmara e a autarquia não são excepção e estão inseridos nesta operação sem precedentes em Portugal. Ao final da manhã, chegou mais uma ajuda de «peso» do Reino Unido: um ex-inspector da Scotland Yard, famoso por ter resolvido com sucesso casos de desaparecimento e rapto de crianças, já está na Praia da Luz.

O objectivo do investigador é ajudar e partilhar a sua experiência com as autoridades portuguesas, que esta manhã resolveram alargar o perímetro de busca, como o PortugalDiário tinha avançado; uma informação confirmada pelo autarca Júlio Barroso visitou esta terça-feira o posto da GNR na praia da Luz, quando fazem cinco dias do desaparecimento de Madeleine.

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Mas desde o primeiro dia que a autarquia está a colaborar na busca da menina britânica. O edil de Lagos soube do desaparecimento da criança às «7h da manhã de sexta-feira e às 10h, a GNR pediu apoio à autarquia». Vários funcionários da autarquia foram chamados a ajudar, entre eles os homens que fazem «recolha de lixo, trabalham nos esgotos ou nas obras». O lixo dessa madrugada, recolhido pela autarquia, foi passado a pente fino, tal como os caixotes onde os sacos são depositados. E nem uma descida aos esgotos foi esquecida.

Há trabalhadores das autarquias de Lagos, Vila do Bispo e Aljezur a trabalhar no terreno e a ajudar GNR e bombeiros. Ao todo são 20 trabalhadores que se juntam aos 80 elementos das autoridades - entre militares da GNR, agentes da PSP e PJ, bombeiros e protecção civil - e que contam ainda com a colaboração de dezenas de voluntários.

A Associação de Municípios de Terras do Infante contribuiu ainda com três carrinhas que patrulham zonas florestais, poços, trilhos, casas abandonadas. «Procuram em todos os locais possíveis onde possa ser largado um corpo», explica o autarca Júlio Barroso.

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«Podia acontecer em qualquer parte do mundo»

O edil de Lagos não teme que o turismo seja afectado e lembra que «um caso destes podia ter acontecido em qualquer parte do mundo». A Vila da Luz «é e sempre foi uma zona calma».

Durante o tempo que esteve no local, junto ao empreendimento turístico «Ocean Club» Júlio Barroso deu entrevistas a diversas cadeias de televisão estrangeiras e falou com os jornalistas portugueses. «É importante que se faça esta ponte. É preciso haver alguém que dê informações, dentro do possível», acrescentou.

Quanto à actuação das autoridades nacionais, o autarca não tem dúvidas «estão a fazer mais do que se podia esperar». E apesar de perceber as perguntas sobre o decorrer da investigação policial lembra que há limites na lei portuguesa.

Júlio Barroso não se quis alongar sobre o trabalho policial, mas lembrou que se o retrato-robot não foi divulgado «talvez porque não existam certezas suficientes» para o mostrar ao público. E exemplifica: «Se for alguém parecido comigo ou com um de nós, certamente não íamos gostar».

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