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«Rei Ghob»: «Não vou ter sossego por saber que ele está preso»

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Familiares dos desaparecidos aguardam com expectativa o desfecho da investigação e pedem que corpos sejam encontrados

As famílias das vítimas do triplo homicídio disseram que não ficam mais sossegadas por saberem que o suspeito vai aguardar o desenrolar da investigação em prisão preventiva, medida decretada pelo juiz de instrução criminal do Tribunal de Torres Vedras.

«Não vou ter sossego por saber que ele está preso», disse aos jornalistas Glória Frade, mãe de Tânia Ramos, de 27 anos, a primeira vítima do alegado homicida, desaparecida desde o início de Julho de 2008.

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Apesar de o juiz António Luciano Carvalho ter decretado a medida de coação máxima, Glória Frade não considera tratar-se de «uma medida justa».

«A melhor decisão era com as minhas próprias mãos fazer justiça», disse à Lusa Cecília Delgado, mãe de Ivo Delgado, de 22 anos, que se suspeita ter sido a segunda vítima do arguido, depois de ter desaparecido a 25 de Julho de 2008.

«Ele deve ficar em prisão preventiva para não fugir» acrescenta.

Pais e irmã de Joana Correia, de 16 anos, a terceira vítima desaparecida em Março, recusaram comentar a decisão do tribunal.

A decisão do juiz mereceu ainda a concordância de um familiar do próprio arguido, que em Janeiro apresentou queixa às autoridades por suspeitas de envolvimento do mesmo em actos de pedofilia.

«Deve aguardar julgamento na prisão e, se fez mal, deve ser castigado por isso», disse à Lusa.

Cecília Delgado e Glória Frade admitiram aguardar com expectativa o desfecho da investigação deste caso e sublinharam a importância de serem encontrados os corpos dos jovens.

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«Era muito importante que aparecessem os corpos para podermos fazer um funeral digno», disse Glória Frade, corroborando o apelo de Cecília Delgado: «Só queria que ele me dissesse onde está o corpo do meu filho».

Os familiares das vítimas reagiam ao anúncio da medida de coação divulgada pouco antes das 16:00 pela escrivã auxiliar Ana Paula Almeida.

Francisco Leitão chegou esta manhã ao Tribunal de Torres Vedras para ser ouvido pelo segundo dia consecutivo.

O interrogatório durou cerca de uma hora e meia, tendo terminado já depois das 12h.

Depois dos ânimos exaltados de ontem, hoje o ambiente estava mais pacífico, resultado das medidas de segurança, como a colocação de grades.

O alegado alegado homicida de três jovens chegou num veículo da Polícia Judiciária, depois de ter passado a noite nas suas instalações.

O interrogatório foi dirigido pelo juiz de instrução criminal Luciano Carvalho. Licenciado em Direito, já pertenceu à Brigada de Homicídios, onde adquiriu grande experiência.

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