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CPLP: acordo para combater seca

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Decorre em Madrid a 8ª conferencia que visa acordo entre países membros

O secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas afirmou hoje que os países membros da CPLP deverão assinar ainda durante este ano um acordo e o correspondente plano de trabalho para o combate ao problema de desertificação, adianta a agência Lusa.

O acordo foi alcançado numa reunião entre os representantes da CPLP à margem da 8ª Conferencia das Partes da Convenção para o Combate à Desertificação das Nações Unidas, que decorre em Madrid, adianta Rui Nobre Gonçalves.

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«Queremos que este acordo seja assinado ainda este ano, possivelmente no decurso da cimeira Europa-África, em Novembro».

A proposta mereceu o apoio da própria Convenção para o Combate à Desertificação e da Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) das Nações Unidas que «apoiará institucional e financeiramente» a iniciativa.

«Não existem medições rigorosas sobre a dimensão do problema (na CPLP), apesar de todos os países terem uma estimativa da incidência do processo de desertificação», explicou o secretário de Estado à agência Lusa.

Um dos objectivos passa pela avaliação da dimensão do problema, através de recursos como o programa Desert Watch da Agência Espacial Europeia, já usado em terras lusas.

«No nosso caso, o dado mais recente que temos indica que há cerca de 36 por cento do território em risco de desertificação, correspondendo a grande parte da área do Alentejo, parte do norte do Algarve e algumas zonas da Beira Interior», frisou.

«Temos agora no nosso programa de desenvolvimento rural algumas medidas especificamente destinadas a recuperar áreas em risco de desertificação, como através da plantação de sobreiros e azinheiras», afirmou.

O secretário de Estado português aponta alguns projectos já em curso em casos dos países africanos da CPLP, os quais são apoiados a nível bilateral por Portugal e Brasil. A contenção de chuvas e recuperação da flora em algumas das ilhas de Cabo Verde são um bom exemplo.

Na Guiné-Bissau, em Angola e Moçambique estão a ser realizadas outras iniciativas que envolvem a formação de quadros, a nível da melhoria das práticas agrícolas, acrescentou à agência Lusa.

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