O Ministério Público de Coimbra acusou o ex-cabo da GNR António Costa pela morte das três jovens de Santa Comba Dão.
De acordo com informações recolhidas pelo PortugalDiário junto de fontes judicias, o antigo cabo da GNR vai responder por três crimes de homicídio qualificado, três crimes de ocultação de cadáver, um crime de profanação de cadáver, dois crimes de coacção sexual na forma tentada e um crime de denúncia caluniosa.
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Os crimes de coação sexual referem-se a tentativas de beijar as jovens Mariana e Isabel Cristina, inicialmente admitida pelo arguido, enquanto o crime de profanação de cadáver está relacionado com actos de cariz sexual com Joana. A disposição da roupa interior da jovem levou os investigadores a acreditarem que o arguido despiu e vestiu o cadáver.
O crime de denúncia caluniosa reporta-se a uma tentativa por parte do arguido de incriminar um tio de Mariana. Já depois de ter sido ouvido na PJ de Coimbra e de ter confessado todos os crimes, o ex-cabo da GNR enviou cartas à PJ a denunciar um tio da jovem, acrescentando que apenas assumiu os crimes por pressão daquele.
A versão não convenceu os investigadores que, por sinal, acreditam estar na presença de um arguido com todas as características de um psicopata e criminoso em série. Alguém que voltaria a matar caso não tivesse sido apanhado.
Arguido conhecia bem as vítimas
António Costa, cabo da GNR na reserva, é suspeito da morte de três jovens, entre os 16 e os 18 anos. Tem 53 anos e admitiu, durante o primeiro interrogatório na PJ de Coimbra, em finais de Junho, que matou as três raparigas por estrangulamento, tendo inclusive participado na reconstituição dos crimes.
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O facto de conhecer as vítimas facilitou a aproximação. Não tinha antecedentes criminais e era até uma pessoa muito estimada e respeitada na zona.
A primeira jovem, Isabel Cristina, desapareceu a 24 de Maio de 2005, tendo o corpo sido encontrado poucos dias depois na Figueira da Foz. A autópsia revelou que a jovem morreu afogada, muito embora já estivesse inconsciente no momento em que foi lançada à água.
A segunda rapariga, Mariana, desapareceu em Outubro de 2005 e o corpo foi encontrado desmembrado, no início de Junho, na Barragem do Coiço, em Penacova.
A terceira vítima, Joana, desapareceu a 8 de Maio de 2006. O corpo foi encontrado na Barragem da Aguieira, no Rio Mondego, no final de Junho, precisamente no local referido pelo ex-cabo António Costa.
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