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Radares apanham meio milhão de aceleras

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Só no dia 7 de Junho mais três mil carros circularam acima dos 100 km/h

Enquanto estiveram a funcionar, os radares «apanharam» milhares de condutores em excesso de velocidade. Mas tudo indica que o recorde continua a ser de 223 quilómetros por hora, para dois veículos diferentes. Um na Radial de Benfica, outro na Segunda Circular (Calvanas).

Mas desde Janeiro e até domingo passado os radares dispararam quase meio milhão de vezes (455.266) por excesso de velocidade, segundo dados divulgados pela CML.

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Os valores foram anunciados esta segunda-feira por Marina Ferreira, presidente da Comissão Administrativa da Câmara de Lisboa, durante a conferência de imprensa marcada para comunicar a entrada em funcionamento dos radares espalhados pela cidade.

A Radial de Benfica continua a ser o local com mais infracções (160.059 no sentido Oeste-Este), seguindo-se a 2ª Circular/Avenida Cidade do Porto (com 37.281), no total.

Por exemplo, no passado dia 7 de Junho foram registadas quese três mil passagens a 100 quilómetros por hora no conjunto de todos os radares. Sendo possível que o mesmo condutor possa activar diferentes radares em diferentes zonas da cidade.

Ainda no mesmo dia, 7 de Junho, registaram-se 148 passagens a 80 Km/hora, 139 a 90 Km, 1.100 a 110 quilómetros/hora, 447 a 120 quilómetros e 136 a 130 Km/h.

Acima deste valores foram «apanhados» 55 a uma velocidade de 140 quilómetros por hora, 24 a 150 Km/hora, oito a 160 quilómetros, quatro a 170 km/h e um condutor foi detectado a 180 quilómetros/hora.

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Menos acidentes e menos mortos

Mas o número de acidentes e de mortos nas estradas da capital baixou 55 por cento, quando se comparam os números de 2005 e 2006.

Em 2005 morreram 49 pessoas nas estradas de Lisboa, em acidentes de viação. Em 2006 o número ficou-se pelos 22 mortos. Apesar do lado positivo dos valores conhecidos, Marina Ferreira, disse esperar que os radares, que começam a multar na próxima segunda-feira - dia 16 - diminuam ainda mais este número.

A ex-vereadora de Carmona considera que «o sistema», de radares, «do ponto de vista experimental, mostra já uma redução da sinistralidade» e está convicta que «estes números serão ainda mais significativos quando estiver a funcionar em termos sancionatórios».

Enquanto vereadora, Marina Ferreira foi mentora do projecto e assumiu estar satisfeita porque « o vê concretizado ainda durante a sua permanência na câmara».

Os 21 radares são reactivados a partir de hoje, em regime de prevenção, com flash, para que os condutores não sejam apanhados desprevenidos.

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Zonas de elevada sinistralidade

Recorde-se que a escolha da localização dos radares teve por base um estudo onde a Segunda Circular surgia como o local com maior sinistralidade, em Lisboa, em 2005 (364 ocorrências). Em seguida, aparecia a Avenida Infante Dom Henrique (308), o Eixo Norte/Sul (207), o Campo Grande (204) e a Avenida 24 de Julho (180). Valores de 2005.

Lisboa representa um terço dos acidentes

Entre os valores revelados esta segunda-feira por Mariana Ferreira há mais dados interessantes como, por exemplo, a descida para metade dos números de atropelamentos. Ou ainda, o valor de um terço que a cidade de Lisboa representa na totalidade do distrito.

Em 2006 há registo de 7.179 acidentes no distrito, dos quais 2.502 foram em Lisboa. No entanto verificou-se uma queda relativamente às 2.646 ocorrências de 2005.

Além dos 22 mortos contabilizados em 2006, houve ainda 289 feridos graves e 2.872 feridos ligeiros.

A nível do distrito os valores sobre para 102 mortos, 678 feridos graves e 8.435 feridos ligeiros.

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