Já fez LIKE no TVI Notícias?

Ensino Superior: sindicato entrega carta aberta

Relacionados

Ao ministro. Novo regime jurídico exclui o pessoal não docente dos órgãos de gestão

O Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública (STFP) do Centro entregou hoje ao ministro Mariano Gago uma carta aberta contra o Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior onde critica a exclusão do pessoal não docente dos novos órgãos de gestão, noticiou a Lusa.

Com a nova lei, «o pessoal não docente é excluído da participação dos órgãos de gestão das universidades e dos politécnicos», sustenta a organização sindical no texto que entregou ao ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

PUB

Mariano Gago, que se deslocou à Faculdade de Ciências e Tecnologia de Coimbra para presidir à abertura oficial do mestrado em engenharia de software Carnegie Mellon University/Universidade de Coimbra, recebeu a carta aberta de um grupo de sindicalistas, agradeceu-lhes a entrega do documento e disse que iria tomar conhecimento do seu teor.

«Os trabalhadores não docentes são tratados como coisas. Coisa sem valor. Descartáveis», é referido no documento.

Com este diploma, «o governo abre a porta ao sector privado», ao introduzir a possibilidade de constituição de fundações de direito privado, e «possibilita a aplicação do PRACE no ensino superior», segundo a exposição do Sindicato.

«O STFP do Centro não pode ficar calado perante a gravidade desta lei e tudo fará no sentido de mobilizar os trabalhadores para participarem na manifestação do dia 18 de Outubro «Por uma Europa social - Emprego com direitos», convocada pela CGTP-IN», vinca a estrutura no texto.

O novo Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior (RJIES), que consagra a possibilidade de universidades e politécnicos se tornarem fundações públicas de direito privado, foi publicado em Diário da República a 10 de Setembro, entrando em vigor dentro de um mês.

PUB

Os reitores das universidades vão presidir às Assembleias Estatutárias, responsáveis pela elaboração dos novos estatutos das instituições, que têm seis meses, para se adaptarem às novas regras.

A existência de um novo órgão nas instituições, o Conselho Geral, com 15 a 35 elementos, e a possibilidade de representantes dos estudantes e do pessoal não docente e não investigador poderem ser convocados a participar, sem direito a voto, nas reuniões desse órgão, são outras medidas previstas no diploma.

O Ministro da Ciência, Mariano Gago, considerou, na sequência da promulgação do diploma pelo Presidente da República, que o novo RJIES «é um contributo decisivo para a modernização do ensino superior português».

Contudo, o diploma mereceu críticas do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) para quem o perigo da desagregação das universidades não ficou acautelado no texto final.

O RJIES foi também alvo de críticas por parte da generalidade das associações académicas e de representantes do pessoal não docente por reduzir a sua representatividade nos novos órgãos de gestão das instituições.

PUB

Relacionados

Últimas