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Maré alta: MP pede condenação de segurança

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Segurança afirmou que «não queria» balear colega de profissão

O Ministério Público (MP) pediu hoje a condenação do segurança Reginaldo Semedo (o «Rijo») por homicídio simples do colega de ofício Bessa Sebastião (o «Xano» ou «Paulinho»), junto à discoteca «Maré Alta», no Porto, em 2006, informa a Lusa.

«Rijo» vinha acusado do crime de homicídio qualificado. Nas alegações, o procurador Norberto Martins pediu também a condenação do arguido por posse ilegal de arma. Ao defender a condenação por homicídio simples, e não qualificado, o procurador considerou que a atitude da vítima atenuou a gravidade do crime.

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Segurança confessa tiro fatal

Segurança de discoteca assassinado

Norberto Martins questionou sempre a tese da legítima defesa, para que apontou o testemunho do arguido. «Se queria remediar uma situação [decorrente de agressões que tinha sofrido momentos antes], por é que o atingiu numa zona vital e não, por exemplo, nas pernas?», questionou. «Providenciou o socorro? Aguardou a chegada da polícia? Não, ele foge, leva a arma e dá-a a uma amigo para que dela se desfaça. Isto é próprio de quem apenas se quis defender?», perguntou.

«Eu não queria baleá-lo»

Já o advogado de «Rijo», Agostinho Silva, alegou que o seu cliente «deve ser absolvido nos termos em que vinha acusado». «Estão preenchidos todos os requisitos da legítima defesa», acrescentou. «Não estou aqui para dizer que o meu cliente merece uma homenagem. Alguém morreu. Mas a vida do meu cliente estava em risco», alegou, para sustentar que «Rijo» disparou em legítima defesa.

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O advogado descreveu o seu cliente como «um homem íntegro desta sociedade» e «não um bandido», com vida familiar e estável, recusando a associação deste caso a outros homicídios que viriam a marcar a noite do Porto. Na acusação, o MP relaciona o crime com «grupos rivais ligados à segurança privada e ao mundo da noite» no Porto.

Hoje mesmo, na sequência de pedidos de esclarecimentos complementares da juíza-presidente Manuela Paupério, «Rijo» confirmou que só disparou depois de o opositor lhe dar uma cabeçada e o ferrar no pescoço. «Eu não queria baleá-lo», desculpou-se. «Senti-me ameaçado e fiz um disparo. Estava nervoso e desesperado», acrescentou.

Depois do caso agora em julgamento morreram mais seis pessoas ligadas aos negócios da noite, quatro das quais alegadamente na sequência de disputadas entre os grupos de segurança rivais.

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