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Pidá está «muito fragilizado»

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Mulher diz que ele come mal e passa muito frio na prisão

Há uma semana que Bruno Pinto (conhecido como Pidá) está em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira e segundo a mulher, Telma Sequeira, «está muito frágil» devido às condições em que o colocaram.«Puseram-no no regime pior. Passa 23 horas por dia fechado e só tem uma hora no recreio onde está sozinho», disse ao PortugalDiário.

As únicas pessoas com quem Pidá pode falar, além dos guardas prisionais, são o advogado e a mulher. Bruno tem telefonado a Telma e pode receber visitas uma vez por semana. A mulher já foi visita-lo na passada sexta-feira e ficou chocada quando viu que nem lhe podia tocar. «Falei com ele através de um vidro».

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Telma Sequeira adianta que «a comida é péssima, ele até já emagreceu quatro quilos. Na noite de Natal deram-lhe um bacalhau que ele nem comeu. Além disso, passa muito frio na cela, diz-me que aquilo não tem aquecimento e que é a mesma coisa que dormir na rua». Adianta ainda que «não deixaram entrar a roupa e os sapatos» que lhe levou para a prisão, «ele anda com coisas emprestadas».

Também em preventiva na mesma prisão está Fernando Martins (Beckham). As mulheres de ambos os arguidos foram juntas à visita. «Saímos de lá as duas a chorar», contou a companheira de Pidá.

Revoltada, Telma recorda que «eles ainda nem foram condenados» e que não compreende como podem pensar que Bruno ia fugir já que «ele deu uma entrevista à televisão a dizer que queria colaborar com a polícia e ficou em casa à espera que viessem falar com ele. Se quisesse, tinha fugido nessa altura».

Advogado quer Pidá fora da ala de segurança

A defesa de Bruno Pinto (Pidá) entende que não se justifica a colocação do principal arguido do alegado «gangue da Ribeira» numa ala de segurança da Prisão de Paços de Ferreira e vai «tentar saber junto da Direcção Geral dos Serviços Prisionais por que motivo ele lá está», referiu ao PortugalDiário o advogado Luís Vaz Teixeira.

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Segundo o causídico, a colocação de «Pidá» numa ala de segurança é, sem dúvida, «uma decisão política, independente da vontade da juíza, do MP ou da PJ», já que o despacho que decretou a prisão preventiva nada referia sobre a necessidade de colocar o arguido numa ala de segurança.

Vaz Teixeira considera que a decisão não se justifica «porque, independentemente dos crimes por que está indiciado, ele é primário e nunca teve comportamentos violentos contra as forças da ordem ou mesmo contra os guardas prisionais».

Além disso, acrescenta, «a medida apenas se justificaria se estivesse em causa a integridade física do arguido ou se existisse tentativa de evasão», o que não se lhe afigura verdadeiro, não obstante o seu cliente estar indiciado também por associação criminosa.

Refira-se que Bruno Pinto está indiciado por dois homicídios (Aurélio Palha e Ilídio Correia), um crime de ofensa à integridade física, bem como de 12 tentativas de homicídio, um crime de detenção de arma proibida e um crime de associação criminosa.

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O PortugalDiário contactou a Direcção Geral dos Serviços Prisionais, mas até ao momento não foi possível obter uma resposta.

«Bode expiatório»

Telma Sequeira não se conforma com a detenção do marido. «Ele não tem nada a ver com isto, é um bode expiatório. A polícia não conseguiu encontrar os responsáveis pelas mortes e prendeu-o para mostrar que estava a fazer alguma coisa, por isso é que a rusga até foi filmada», adianta.

A mulher garante que nas noites da morte de Aurélio Palha e Ilídio Correia, Bruno estava em casa com ela. «Ele conhecia o Aurélio, mas nem tinha confiança. E não tinha nada contra o Ilídio, só houve mesmo a questão de ter andado à porrada com o irmão dele, o Natalino», diz.

Telma continua a suspeitar que a PJ está a tentar forjar provas para incriminar o marido e recorda que tem guardado um telemóvel com uma mensagem alegadamente enviada por um inspector que pede que alguém testemunhe contra Pidá.

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