O início do julgamento de Paulo Pereira Costa, acusado do crime de violação do segredo de justiça no caso Face Oculta, que deveria acontecer quarta-feira, foi adiado «sine die», disse o seu advogado, Pedro Marinho Falcão.
O sucateiro é acusado de ter disponibilizado um despacho do Ministério Público, que lhe foi entregue, a um canal de televisão.
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O crime, segundo a Procuradoria-Geral da República, ocorreu a 28 de Outubro passado, dia das buscas feitas a várias entidades públicas e privadas suspeitas de vários crimes económicos.
Em declarações à agência Lusa, Pedro Marinho Falcão disse que pediu a produção de prova, «complexa e demorada», que não ficou produzida a tempo de se fazer o julgamento quarta-feira.
«Nesse sentido, o juiz decidiu adiar o julgamento até que seja produzida a prova», adiantou o causídico.
Segundo Pedro Marinho Falcão, falta a prova pericial pedida pela defesa às marcas manuscritas nos documentos que alegadamente teriam sido entregues por Paulo Costa.
«Aquilo tem uma marca que não é técnica, é manuscrita, e, portanto, eu pedi que algum perito dissesse se a marca que aparece na televisão corresponde exactamente à marca que aparece no documento», explicou o advogado.
No âmbito do processo Face Oculta, Paulo Pereira Costa foi indiciado por quatro crimes de receptação e um de associação criminosa, ficando obrigado ao pagamento de uma caução de 25 mil euros.
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