Direito do Consumidor europeu preocupado com privacidade na Internet

Em conferência de imprensa no Ministério da Economia, onde esteve reunida para discutir as linhas da Estratégia de Lisboa no campo dos Direitos dos Consumidores, Meglena Kuneva disse que as suas principais preocupações vão «para as áreas onde não temos respostas, mas de onde já sentimos problemas».

«Quando se usa a Internet, uma pessoa quer ter a certeza que não lhe vão invadir a privacidade. É aí que temos de actuar», sublinhou a comissária, que diz estar consciente «de que as novas gerações estão cada vez mais orientados para o digital».

Para dar resposta «aos desafios da Internet, é preciso mais educação e transparência», concluiu.

Sobre o sector geral dos Direitos do Consumidor, Meglena Kuneva tentou caracterizar o mercado: «O mercado de hoje não é só sobre bens, mas também de valores. Precisamos de mais valor, mais informação e mais respeito pelos direitos civis. Este último é o mais fácil de cumprir, mas é desigual nos diferentes países da União Europeia», sintetizou.

Sobre as mercadorias perigosas, «a maior preocupação de antes», a comissária europeia diz que é um exemplo de como as Associações dos Direitos do Consumidor conseguem agir: «Há uns anos, diria que era o sector mais preocupante. Mas hoje já não, dado que, por exemplo, se se encontrar um produto perigoso em Espanha, as autoridades actuam de imediato e o bem nunca chega a ser exportado para Portugal», exemplificou.