«Acreditamos que uma saída da Grécia não supõe um contágio a outros países, porque a arquitetura de resgate é mais robusta agora do que em 2012, quando pairava o medo de uma possível saída do país da zona euro», afirmou o analista da agência de notação financeira S&P Moritz Kraemer.
Desde então, refere a agência em comunicado, introduziu-se o Mecanismo de Estabilidade Europeu, que pode dar apoio financeiro aos países da zona euro caso haja pressão dos mercados.
A diferença entre as obrigações da Grécia e os restantes países da zona euro também sugere, segundo a S&P, que os investidores consideram que o risco de desvalorização é leve no caso de uma saída do grupo de países que partilha o euro.
Enquanto as taxas de juro das obrigações da dívida grega aumentaram nos últimos meses devido às incertezas entre a Grécia e os seus credores, os de Itália, Irlanda, Portugal e Espanha estão com registos muito baixos.
«Acreditamos que a pressão financeira de uma saída da Grécia da zona euro junto dos restantes países seria moderada e absorvida em algumas décadas, pelo que não esperamos que a saída dos gregos da zona euro, por si mesma, tenha implicações relevantes nos outros países», afirmou Moritz Kraemer.
Um entendimento entre Atenas e os parceiros não está fácil. Esta manhã, a Alemanha rejeitou o pedido de extensão de empréstimo apresentado pela Grécia.