Alemanha: «Ajuda à Grécia depende da política de rigor» - TVI

Alemanha: «Ajuda à Grécia depende da política de rigor»

Angela Merkel, chanceler alemã

Decisão do governo alemão será tomada após aprovação do Conselho da UE

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A Alemanha poderá recusar o pedido de ajuda da Grécia se Atenas não promover nos próximos anos uma «estrita política de rigor», avançou este Domingo o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble.

«O facto de nem a União Europeia nem o governo [alemão] terem tomado uma decisão neste momento, significa que pode ser positiva ou negativa» dependendo das medidas que forem tomadas por Atenas, disse Wolfgang Schäuble.

Esta decisão «depende apenas de saber se a Grécia vai continuar nos próximos anos a política de rigorosa austeridade adoptada no presente», afirmou o governante alemão ao semanário «Bild am Sonntag».

«Precisamos de tempo para apreciar o pedido» da Grécia, acrescentou o ministro, salientando que «a decisão do governo (alemão) será tomada após a aprovação do Conselho da União Europeia».

«Mas tomamos naturalmente as nossas decisões. Já convoquei para segunda-feira de manhã os representantes dos grupos parlamentares» a respeito deste assunto, para desencadear «um processo legislativo acelerado», frisou Wolfgang Schäuble citado pela Lusa.

Euro é principal preocupação de Merkel

Em França, onde o parlamento francês debate a 3 de Maio o plano de ajuda à Grécia, o ministro da Economia, Christine Lagarde, disse numa entrevista ao «Journal du Dimanche» concordar com a «necessidade de mecanismos de controle que evitem a queda num poço sem fundo».

A Grécia, que tem uma dívida pública recorde, decidiu na sexta-feira pedir à União Europeia e ao Fundo Monetário Internacional (FMI) um empréstimo urgente de 45 mil milhões de euros.

A Alemanha, o maior contribuinte, vai pagar cerca de 8,4 mil milhões de euros sob a forma de um empréstimo acordado com o banco público Kreditanstalt fuer Wiederaufbau (KfW) e garantido pelo governo federal. Estes subsídios devem ser aprovados pelo Bundestag.

Na sexta-feira, a chanceler Angela Merkel tinha estabelecido as condições para a ajuda à Grécia, plano activado somente se a estabilidade do euro como um todo for ameaçada por Atenas e se Atenas apresentar «um programa de poupança credível».
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