Grécia: programa negociado estará pronto no início de Maio - TVI

Grécia: programa negociado estará pronto no início de Maio

Atenas resolveu pedir ajuda à União Europeia e FMI na sexta-feira

Relacionados
O programa económico negociado pela Comissão Europeia, pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) com a Grécia, estará pronto no «início de Maio», declarou o Comissário europeu dos Assuntos económicos, Olli Rehn, em Washington.

Ajuda à Grécia impõe condições e pode demorar

Grécia pede ajuda

A Grécia, afectada por uma dívida recorde, resolveu esta sexta-feira pedir à União Europeia e ao FMI uma ajuda financeira. Este mecanismo de ajuda pode ser aplicado «prontamente», sublinhou Rehn.

Os países da Zona Euro prometeram uma ajuda de 30 mil milhões de euros a partir do primeiro ano de um programa de ajuda com um prazo de três anos. O FMI também contribuirá com um montante até 15 mil milhões de euros.

A decisão de efectuar empréstimos à Grécia «será baseada no programa que está a ser preparado neste momento pela Comissão, pelo BCE e pelo FMI com as autoridades gregas», indicaram as autoridades europeias em comunicado citado pela Lusa.

Pedido de ajuda grego alivia pressão na dívida nacional

Este programa visa definir com o governo grego medidas suplementares a tomar por Atenas em 2011 e 2012 para continuar a reduzir o seu enorme défice. Estas medidas ainda não foram divulgadas.

Para 2010, o governo grego já prometeu reduzir o seu défice em quatro pontos, impondo medidas de rigor à sua economia.

Espanha garante que não há risco de contágio

Questionado sobre o risco de contágio da crise grega a outros países europeus, como a Espanha ou Portugal, o presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, recordou que todos os países europeus têm «muito trabalho a fazer» a nível das suas finanças públicas, mas que «certamente, a Espanha e Portugal não são a Grécia».

Trichet recordou igualmente a necessidade de um envolvimento total dos governos europeus na resolução da crise grega, acrescentando que, neste contexto, a avaliação do FMI é bem-vinda.

«Estou muito feliz por cooperar com o FMI, cuja avaliação sempre apreciei», rematou Trichet.
Continue a ler esta notícia

Relacionados