Ferreira Leite quer descida da taxa social única como prioridade em Portugal - TVI

Ferreira Leite quer descida da taxa social única como prioridade em Portugal

Ferreira Leite

Plano tem medidas importantes, disse a líder do PSD

Relacionados
A presidente do PSD defendeu esta quarta-feira que o plano europeu contra a crise deverá ajustar-se às necessidades de cada Estado-membro, devendo Portugal privilegiar a descida da taxa social única e o pagamento de dívidas às empresas, avança a «Lusa».

As declarações de Manuela Ferreira Leite foram proferidas após ter sido recebida em São Bento pelo primeiro-ministro, José Sócrates, e pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado-encontro destinado a analisar a agenda da próxima cimeira europeia, quinta e sexta-feira.

Segundo Manuela Ferreira Leite, o pacote de Durão Barroso «contém medidas importantes, mas essas medidas terão de ser ajustadas às necessidades dos diferentes países e à situação económica de cada um deles».

«O PSD concorda com a orientação das medidas (da Comissão Europeia) e entende que, no caso situação portuguesa, designadamente das suas pequenas e médias empresas-o centro da criação de emprego-serão bem-vindas todas as medidas que se destinem a apoiá-las», disse.

Numa alusão crítica à política do actual Governo, a presidente do PSD disse considerar «muito mais importante que se paguem as dívidas às empresas do que se abram linhas de crédito, porque só lhes provoca maior endividamento em vez de se melhorar as suas tesourarias».

Combate ao desemprego

«O PSD considera ainda que, para combater o desemprego, seria importante fomentar uma descida da taxa social única, provavelmente em detrimento de outras baixas de impostos subjacentes ao pacote (da Comissão Europeia)», referiu também a ex-ministra dos governos de Cavaco Silva e de Durão Barroso.

Interrogada sobre o facto de a Comissão Europeia privilegiar no seu plano o investimento público, Manuela Ferreira Leite fez questão de separar águas entre bons e maus investimentos públicos.

«O programa europeu sublinha que deverão ser criados investimentos públicos que criem rentabilidade nos países. A posição do PSD tem sido sempre a mesma: se o investimento público for rentável para o país, muito bem; se não for rentável, esse investimento público é pior do que não o fazer», sustentou.

Como tal, para Manuela Ferreira Leite, «só perante a aplicação concreta desses investimentos» se poderá ter uma posição definida e uma avaliação concreta.

«Falar-se em investimento público apenas em geral é difícil fazer-se uma avaliação», disse.
Continue a ler esta notícia

Relacionados